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As reclamações relacionadas com os pedidos de moratórias de créditos bancários – um regime criado para responder à crise económica causada pela pandemia do novo coronavírusdispararam nos últimos tempos. Entre 15 de março e 28 de abril, foram registadas no Portal da Queixa (PdQ) 135 queixas.

Entre as principais queixas estão “pedidos negados, ausência de resposta e muita burocracia”, revela o PdQ, em comunicado, adiantando que Caixa Geral de Depósitos, Millennium BCP, WiZink, Santander Consumer, Cetelem e Cofidis estão entre as entidades com maior número de reclamações.

“Segundo as orientações da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês), as instituições financeiras devem procurar defender os interesses dos consumidores na atual situação provocada pela paragem da atividade económica, no contexto da pandemia”, lê-se no documento.

Os dados do PdQ permitem ainda concluir que foram identificados 25 casos de recusa do pedido de moratória e 48 de ausência de resposta aos pedidos.

“Para surpresa de muitos consumidores, a relação de confiança que era esperada numa conjetura como esta, saiu totalmente gorada ao verem os seus pedidos recusados sem justificação fundamentada ou sem qualquer resposta até à data. Em tempos anteriores, foram os contribuintes que deram o seu voto de confiança no resgate à banca e são os mesmos que veem, agora, os bancos de costas voltadas para um problema que já não é só financeiro, sendo também social”, afirma Pedro Lourenço, CEO do Portal da Queixa e embaixador da Comissão Europeia para os Direitos dos Consumidores.

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