Crise no imobiliário

o número de imóveis vazios nas carteiras dos fundos de investimento imobiliários institucionais (sem habitação) desceu ligeiramente em relação a 2011, apesar de cerca de 20% destes ainda estarem desocupados, pelo que não estão a render dinheiro.

nos primeiros três meses do ano, e tendo por base dados do instituto de registos e notariado (irn), foram registadas mais de 12,4 mil vendas de casas no âmbito do serviço casa pronta, menos 18,8% que no primeiro trimestre do ano passado.

a 16ª edição do sil – salão imobiliário de portugal vai decorrer entre 9 e 13 de outubro na feira internacional de lisboa (fil), no parque das nações, à semelhança de anos anteriores, e aposta na internacionalização e na captação de investidores estrageiros.

a crise no sector imobiliário também está a deixar marcas nos imóveis que são propriedade do estado. os número não deixam dúvidas: no ano passado, venderam-se 69 imóveis públicos, que renderam 12,3 milhões de euros.

o negócio de comprar casas para depois as arrendar parece ter os dias contados.

a associação de empresas de construção, obras públicas e serviços (aecops) afirma que a falta de investimento público é o grande responsável pela crise no sector e tece duras críticas a vítor gaspar que, em declarações recentes, afirmou que a queda do investimento na construção no primeiro trimestre

os fundos imobiliários são provavelmente os únicos investimentos que mantêm alguma estabilidade no sector, um dos mais afectados pela crise. fugindo à regra, foi o único segmento do ramo imobiliário em que a curva foi ascendente.

a comissão de acompanhamento à lei das rendas, que entrou em vigor a 12 de novembro, tem um novo presidente, o constitucionalista rui medeiros, que substitui o demissionário (também constitucionalista) tiago duarte.

a aposta nos leilões de casas parece ter vindo para ficar, sendo uma prática cada vez mais recorrente no país. as principais mediadoras imobiliárias a operar em portugal não fogem à regra.

em março, os preços das casas nos eua registaram o maior aumento em sete anos, o que significa que o mercado imobiliário norte-americano está a recuperar. segundo a bloomberg, o índice s&p/case-shiller aumentou 10,9% em março, quando comparado com o período homólogo.

a crise está a fazer com que os portugueses apostem menos no mercado imobiliário, sendo que o registo de compra e venda de casas e terrenos está a cair desde o agravamento da crise, em 2009.

a união europeia (ue), a comissão europeia (ce) e o parlamento europeu (pe) chegaram a acordo relativamente ao texto da primeira directiva comunitária no âmbito do crédito à habitação, que visa evitar a criação de bolhas no sector imobiliário.

portugal é dos países europeus em que o mercado imobiliário mais vai sentir os efeitos da recessão económica. segundo sophie tahiri, economista da agência de “rating” standard & poor’s (s&p), os preços das casas vão cair este ano 1,5% mas podem estabilizar no próximo ano.

o mercado de compra e venda de habitação parece estar a dar os primeiros sinais de estabilização. esta é uma das conclusões do portuguese housing market survey (phms) de março, um inquérito mensal realizado pela revista confidencial imobiliário (ci).

em 2012, o sector imobiliário viveu um dos piores anos da história. a crise económica, aliada às medidas de austeridade e ao aumento do desemprego, por exemplo, estão a fazer com o que os portugueses comecem cada vez mais a apostar no mercado de arrendamento.

apesar da crise que se vive no sector imobiliário nacional, ainda é mais rentável – e tem um risco mais controlado – investir neste ramo que comprar acções ou obrigações, sobretudo se forem a longo prazo, a partir dos 10 anos.

boas notícias para o sector imobiliário.

o conselho de ministros espanhol aprovou um projecto de lei dedicado à reabilitação, regeneração e reabilitação urbanas. trata-se de uma medida fundamental para impulsionar a economia e gerar emprego.

os preços das casas caíram 0,7% em fevereiro quando comparado com o primeiro mês do ano e 3,5% face ao mesmo mês do ano passado. de acordo com dados do índice confidencial imobiliário (ici), no caso das habitações novas, a desvalorização dos preços em fevereiro foi de 4,4%.

a crise bateu à porta do sector imobiliário, mas não chegou a todos os segmentos, isto porque o mercado de luxo continua a ter muita saída.