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na rubricacasa arrendada”, que iniciámos em novembro do ano passado, mês em que entrou em vigor a nova lei do arrendamento, contamos-te histórias de pessoas que optaram por ser inquilinos em vez de proprietários. a crise fechou a torneira do crédito à habitação, tornando quase impossível a compra de casa, o que está a levar cada vez mais gente a procurar soluções no mercado de arrendamento

hugo neves, 33 anos, é jornalista e vive com a namorada – marta fonseca, 26 anos, também jornalista – num t2 localizado na costa de caparica, em almada, setúbal, pelo qual pagam 425 euros por mês. um valor que este jovem jornalista considera aceitável, tendo em conta que o imóvel está localizado fora de lisboa, o que faria disparar a renda

pergunta: há quanto tempo vives nesta casa?
resposta: há quase dois anos

p: já tinhas vivido numa casa arrendada? 
r: sim, num imóvel na ajuda, em lisboa, durante um ano. estava situado numa zona bastante interessante, mas a relação qualidade/preço face à nossa actual casa compensava a mudança

p: o que te levou a escolher a casa onde vives actualmente? 
r: fundamentalmente a zona. está longe da confusão de lisboa, tem acessos fantásticos, locais onde é possível fazer caminhadas ou jogging e está perto da praia

p: como a conseguiste encontrar? foi um processo longo?
r: tive conhecimento da casa através de uma pessoa conhecida, logo não foi um processo longo, pelo contrário, o proprietário queria arrendar o mais rápido possível, por isso foi tudo muito simples. a negociação durou apenas algumas semanas

p: a oferta de casas para arrendar existente no mercado corresponde à procura, que é cada vez maior? porquê?
r: sim. na verdade, existem muitas casas para arrendar no país e que correspondem a todo o tipo de procura. é uma questão das pessoas optarem pelo imóvel que mais lhes convém, quer em termos de área e localização quer em termos de valor de renda 

p: quanto pagas de renda? é um valor aceitável, tendo em conta o custo de vida da cidade e do país? 
r: estamos a pagar 425 euros. acho que é um valor admissível, tendo em conta a localização da casa – fora de lisboa, onde as rendas são mais elevadas – e a tipologia

p: que opinião tens sobre o mercado de arrendamento em portugal? 
r: para ser sincero não estou muito por dentro do assunto, mas pelo que me tenho apercebido, nomeadamente através de amigos, a maioria das pessoas, sobretudo jovens, está a optar por arrendar casa

p: consideras que o futuro passa, cada vez mais, por arrendar casa em vez de comprar? porquê?
r: essa parece-me cada vez mais a tendência. comprar casa implica, hoje em dia, muitos custos. não só da casa em si, mas também no que diz respeito à concessão de empréstimos bancários (quando se conseguem obter), ao imposto municipal sobre imóveis (imi), ao condomínio, etc

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