a 16ª edição do sil – salão imobiliário de portugal vai decorrer entre 9 e 13 de outubro na feira internacional de lisboa (fil), no parque das nações, à semelhança de anos anteriores, e aposta na internacionalização e na captação de investidores estrageiros. luís lima, que assume pela primeira vez a presidência da comissão organizadora do evento, revela ao idealista news que esta pode ser a salvação de um sector que atravessa uma crise profunda. “sou um acérrimo defensor da internacionalização, já o digo há três ou quatro anos, da mesma maneira que tenho sido um grande defensor do arrendamento e da reabilitação”, começa por dizer
o também presidente da associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip) e da confederação da construção e do imobiliário de língua oficial portuguesa (cimlop) diz-se honrado por ter sido nomeado presidente da comissão organizadora do sil 2013 – sucede no cargo a paulo sousa –, mas mostra-se consciente das dificuldades com que se vai deparar: “tenho noção da responsabilidade e do momento em que estou a aceitar este cargo. o que seria mais fácil para mim era fugir à responsabilidade, mas hoje em dia somos todos poucos e não podemos fugir. acho que posso ter sucesso, mas tenho a noção de que não vai ser fácil”
quando questionado sobre o facto da 16ª edição do sil apostar forte na internacionalização do sector, através da realização de iniciativas em moçambique, frança, reino unido, brasil, macau/china e luxemburgo, luís lima responde de forma clara. “neste momento, o mercado que vejo que pode ajudar a contrariar a escassez de transacções imobiliárias que existe no país é através da internacionalização e da captação de investimento estrangeiro”
segundo o responsável, o objectivo não é apenas vender casas a estrangeiros ao abrigo do visto gold – autorização de residência para actividade de investimento em portugal dirigida a não europeus que comprem imóveis de pelo menos 500 mil euros. “[não se justifica] comprar uma casa em que só há investimento por causa do visto gold. o que acontece depois com esse bem? têm de o rentabilizar. e o arredamento pode ajudar muito nesta questão”, explica, salientando que é preciso “conseguir rentabilizar” os activos adquiridos por cidadãos estrangeiros. “nós vamos vender e o que é que eles vão fazer a seguir? é preciso dar rentabilidade, e isso é muito importante”
seis acções internacionais a realizar este ano
a 16ª edição do sil, cujo plano de internacionalização foi apresentado quarta-feira (dia 19), aposta forte na promoção das empresas portuguesas e na captação de investidores estrangeiros. nesse sentido, realiza durante o ano várias acções internacionais. algumas já decorreram, como por exemplo maputo (moçambique), paris (frança) e londres (reino unido), e outras vão acontecer ao longo do ano: brasil, em brasília e são paulo, de 14 a 19 de setembro; macau/china, de 17 a 20 de outubro; luxemburgo, na primeira semana de dezembro
o objectivo, disse luís lima durante a apresentação oficial do plano de internacionalização do sil 2013, é que lisboa possa “funcionar como que uma ponte entre os países de língua oficial portuguesa e os países do oriente”
sublinhe-se que à semelhança do que aconteceu na edição do ano passado irá decorrer simultaneamente ao sil a intercasa concept, “um evento de referência no sector da decoração de interiores e exteriores” e uma “mostra para o mundo onde terão lugar contactos bilaterais entre as empresas portuguesas e compradores internacionais dos mercados considerados estratégicos, nomeadamente palops e magreb”, explica a organização. de realçar ainda a realização, pela primeira vez, do festival vintage
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