Habitação e PRR: prazos são possíveis “mas não pode falhar nada”
A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) alertou esta quarta-feira (12 de junho de 2024) que as datas para a execução dos investimentos para construção de habitação no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) são exequíveis, “mas não pode falhar nada”.
“Habitação é dos maiores desafios com os quais teremos de lidar”
Portugal está mergulhado numa crise na habitação e são muitas as pessoas que sentem dificuldades em comprar ou arrendar casa. A discussão em tornos das medidas a aplicar no setor para aumentar a oferta de habitação no mercado tem subido de tom nos últimos meses, tendo o anterior Governo e o atual apresentado pacotes – Mais Habitação e Construir Portugal, respetivamente – que visam dar respostas às necessidades existentes. Para Joana Almeida, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa (CML) com o pelouro do Urbanismo, a habitação é mesmo “um dos maiores desafios” com os quais se terá de “lidar nos próximos anos”.
Atrasos na construção de casas com apoio do PRR sem penalizações
As câmaras vão assinar um termo de responsabilidade que permite acelerar a construção de casas a custo acessível com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) antes do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) aprovar as candidaturas. Já após as obras estarem lançadas, o IHRU fará a análise das candidaturas, sendo que se houver alguma retificação a fazer não haverá penalizações.
Crise na habitação: Governo quer acabar com "visão punitiva" no mercado
O ministro da Presidência recusou que o Governo esteja a liberalizar e a desregular o mercado da habitação, contrapondo que o objetivo é equilibrar regras e acabar com uma visão punitiva que castigava o investimento. Esta posição foi defendida por António Leitão Amaro, em conferência de imprensa, no final de um Conselho de Ministros em que anunciou a revogação de medidas tomadas pelo anterior executivo socialista ao nível do Alojamento local (AL) ou do arredamento forçado ou coercivo.
Viver no campo: a moda da pandemia virou tendência no pós-covid?
O modo de vida dos portugueses foi – e muito – moldado pela pandemia da Covid-19. Os confinamentos mostraram a importância de viver em casas com áreas maiores e com espaços ao ar livre. E o teletrabalho, que se massificou em 2020, criou a possibilidade de trabalhar à distância. Tudo isto acabou por criar uma tendência em Portugal: viver no campo, em contacto com a natureza e longe dos grandes centros urbanos. Até porque aqui as casas para comprar tendem a ser mais baratas. Mas será que esta tendência veio para ficar? Ao que tudo indica, sim (e até está reforçada): os dados do idealista/data revelam que a procura de casas à venda disparou em 81% dos concelhos com menos de 10 mil habitantes entre o início de 2020 e o arranque de 2024. E contam-se mesmo 48 municípios menos populosos do interior e ilhas onde o interesse em adquirir casa mais que duplicou neste período.
Crise na habitação? Há mais de 154 mil casas vazias e... sem "dono"
A crise da habitação em Portugal tem duas faces, como uma moeda. A alta procura de casas está na “cara”. E a falta de oferta de habitação é a “coroa”, o núcleo estrutural do problema. Acontece que há mais casas para vender ou arrendar sem necessidade de obras do que carências habitacionais em Portugal, marcadas sobretudo por situações de sobrelotação, tal como concluiu o Instituto Nacional de Estatística (INE) na sua análise à Habitação publicada esta quarta-feira, dia 8 de março. Ainda assim, Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e da Habitação, diz que é preciso “construir e reabilitar mais” casas no país. O que está em falta em Portugal são casas no mercado a preços acessíveis e compatíveis com os salários das famílias.
Habitação acessível? "Ainda não há uma solução a breve prazo à vista”
Quatro dias a falar de habitação, reabilitação, imobiliário e construção em Lisboa. A 27ª edição do Salão Imobiliário de Portugal (SIL) abre portas esta quinta-feira na FIL – realiza-se em conjunto com a Tektónica e termina domingo (5 de maio de 2024), e o idealista volta a ser media partner – e promete ser um sucesso. São esperados mais de 25.000 visitantes, diz Sérgio Runa, gestor do SIL, em entrevista ao idealista/news, deixando um alerta sobre o setor da habitação no país: “Se, por um lado, o facto dos resultados do primeiro trimestre terem sido positivos a nível de volume de transações, com um aumento de 4,5% face ao período homólogo, o que deixa o mercado um pouco mais otimista, por outro lado, os elevados custos de construção e a consequente ausência de habitação acessível ainda não tem uma solução a breve prazo à vista”.
Casas à venda em Portugal: oferta subiu 11% no início de 2024
A venda de casas em Portugal tem vindo a arrefecer, registando uma queda homóloga de 11,4% na reta final de 2023, segundo apurou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Mas a verdade é que este foi mesmo o menor recuo na venda de casas no país no último ano, dando sinais de recuperação. Ainda assim, o que é bem visível é que este menor número de transações residenciais, a par de outros fatores, estará a contribuir para um aumento da oferta de casas para comprar no mercado. Isto porque o stock do parque habitacional português disponível à venda subiu 11% no primeiro trimestre de 2024 face ao que estava disponível no mesmo período de 2023, segundo os dados analisados pelo idealista, o principal marketplace imobiliário do sul da Europa e editor deste boletim.
Crise na habitação: é preciso avaliar demografia e fluxos migratórios
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) defendeu esta quinta-feira (18 de abril de 2024) que para se resolver o problema da habitação é preciso avaliar a demografia e os fluxos migratórios, o emprego ou o ordenamento do território.
País precisa de "choque de oferta" na habitação, diz ministro
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, disse que é necessário um "choque de oferta" na habitação e que a resposta a este problema exige a união do esforço de todos.
Esposende altera Estratégia Local de Habitação e constrói 104 casas
A Câmara Municipal de Esposende (CME) vai construir 104 fogos habitacionais no concelho, sendo 91 destinados ao arrendamento a custos controlados e os restantes 13 ao realojamento das famílias visadas pela intervenção de requalificação de Pedrinhas/Cedovém, em Apúlia, foi anunciado esta quinta-feira (11 de abril de 2024).
Habitação em Lisboa: câmara dá luz verde a 265 casas em Santa Clara
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) aprovou esta sexta-feira (12 de abril de 2024) a operação de loteamento municipal na freguesia de Santa Clara, numa área de 20.981 metros quadrados (m2), constituída por quatro lotes, dos quais dois destinados ao uso de habitação, com 265 fogos.
Governo promete “habitação agrícola a preços mais acessíveis”
A criação de “condições de ‘habitação agrícola’ a preços mais acessíveis nas zonas rurais e do interior, nomeadamente pela criação de novas áreas urbanizáveis nos Planos Diretores Municipais (PDM), principalmente em concelhos ameaçados pela perda de população”, é uma das medidas anunciadas pelo Governo que visam contribuir para aumentar a oferta de casas no mercado e, consequentemente, resolver a crise na habitação.
IVA a 6% na construção e reabilitação aplaudido por promotores
A “redução substancial ou eliminação de taxas de urbanização, edificação, utilização e ocupação” e a “aplicação de IVA à taxa mínima de 6% nas obras e serviços de construção e reabilitação e alargamento da dedutibilidade” são duas das medidas apresentadas pelo Governo para dar resposta à crise na habitação. A redução do IVA na construção e na reabilitação em geral, de 23% para 6%, é uma medida há muito reclamada pelos vários players do setor.
Build to Rent: “Como é possível funcionar em Espanha e em Portugal não?"
“Como é possível em Espanha o Build to Rent (BTR) – construir para arrendar, traduzindo à letra – funcionar num quadro legal perfeitamente definido e onde é possível captar investidores institucionais para ajudar a resolver o problema da habitação e em Portugal não se conseguir fazer o mesmo?”. A pergunta, em jeito de alerta, é lançada por Nelson Rêgo, CEO da gestora de investimentos OGER, em entrevista ao idealista/news.
Escassez de imóveis em Portugal faz disparar preço das casas em 10%
Portugal continua a ser um país atrativo para viver, bem como investir, apesar do contexto económico e político incerto. Mas a falta de casas à venda é um problema estrutural que não tem fim à vista, já que a construção de casas novas não está a acompanhar a procura.
Câmara de Lisboa descartou direito de preferência sobre imóveis em 2023
Em 2023, ao contrário do que havia previsto, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) não usou uma única vez o seu direito de preferência na aquisição de imóveis a privados. Esta foi uma das medidas anunciadas pela autarquia, em fevereiro do ano passado, aquando da apresentação da Carta Municipal de Habitação, como forma de ajudar a aumentar a oferta de casas no mercado, nomeadamente a preços acessíveis.
“Lisboa tem potencial para fazer 7.000 casas em terrenos municipais”
Filipa Roseta está ao leme da vereação da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa (CML) desde outubro de 2021, ocupando um cargo que já teve nas mãos da sua mãe, Helena Roseta, entre 2007 e 2013. É na emblemática Sala do Arquivo, um espaço repleto de história – é da autoria de Domingos Parente, o arquiteto lisboeta dos Paços do Concelho de 1867 –, que Filipa Roseta fala ao idealista/news sobre os planos que a autarquia tem em vista para aumentar a oferta de casas na capital. “Lisboa tem potencial para fazer 7.000 casas em terrenos seus, municipais, que não tem de comprar a ninguém”, revela, salientando que “não se percebe como é que há terrenos parados quando as pessoas estão a precisar de habitação”.
Mais Habitação impacta arrendamento: assim reagem os senhorios
Arrendar casa continua a ser uma opção para muitas famílias que vivem em Portugal. É por isso que o mercado de arrendamento tem margem para crescer – e muito. Mas a falta de oferta continua a travar esta potencial evolução.
"A reabilitação tem sido o motor de transformação dos centros urbanos"
“A reabilitação urbana tem sido, em todo o país, o motor da transformação dos centros urbanos, independentemente das consequências diversas que ocorreram”. A garantia é dada pela presidente da Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Proteção do Património (APRUPP). Mas nem tudo são boas notícias, visto que “o objetivo de tornar a reabilitação urbana como um veículo para preservar o património e os centros antigos (…) tem encontrado obstáculos, nomeadamente ao nível da legislação”. “Continuamos sem ter uma definição correta na lei do termo ‘reabilitação’, que seja a mesma nos diferentes decretos lei”, lamenta Alice Tavares, em entrevista ao idealista/news.
Arrendar casa ganha importância face à compra de casa
O mercado de arrendamento tem potencial para crescer (e muito) em Portugal. Embora haja menos famílias a ponderar mudar de casa dado o atual contexto de incerteza económica, a procura de casas para arrendar continua a ser bem superior à pesquisa de habitações para comprar. E esse interesse tem-se refletido no número de novos contratos formalizados em Portugal: arrendar casa tem ganho revelo face à compra de casa, tal como concluiu o relatório residencial anual de 2023 desenvolvido pelo idealista/data. A flexibilidade e menor poupança exigida na hora de arrendar uma habitação pode ajudar a explicar esta tendência. Mas o crescimento dos negócios no arrendamento em Portugal tem sido travado pela falta de habitações disponíveis neste mercado.
Cooperativas de habitação: CML negoceia crédito com o Banco de Fomento
A aposta nas cooperativas de habitação pode ser uma das soluções para aumentar a oferta de casas em Portugal. A Câmara Municipal de Lisboa (CML), atenta a este cenário, aprovou um novo programa, denominado “Cooperativas 1ª Habitação Lisboa”, que visa ceder património municipal a cooperativas de habitação. Sabe-se agora que as cooperativas que ganhem os concursos que vão ser lançados pela autarquia, para construção em terrenos municipais, poderão ter acesso a linhas de financiamento específicas de apoio, negociadas pelo município, que já encetou contactos nesse sentido com o Banco de Fomento e o Banco Europeu de Investimentos (BEI).
Pedreiras de Caxias terão 600 casas e 29 hectares de espaços verdes
O Plano de Pormenor Norte de Caxias (PPNC) foi aprovado em reunião de Câmara de Oeiras e segue agora para a assembleia municipal. Trata-se de um projeto que assenta na reabilitação das antigas pedreiras de Caxias, onde está previsto nascer 600 fogos, incluindo cerca de 60 para habitação municipal, e 29 hectares de espaços verdes, o equivalente a cerca de 70% da área total da intervenção (42 hectares). Em causa está um investimento privado de 300 milhões de euros.
Mais casas? “Sintonia mais estreita entre público e privado” é crucial
A Habitat Invest, fundada há mais de duas décadas por Filipe Soares Franco, antigo presidente do Sporting, e Luís Corrêa de Barros, sobreviveu a várias crises e está de pedra e cal em Portugal, tendo em desenvolvimento 12 projetos imobiliários, num total de 537 unidades habitacionais. “Somos o promotor imobiliário com mais projetos concluídos e mais obras entregues”, diz ao idealista/news Luís Corrêa de Barros, enaltecendo a “importância de existir [cada vez mais] uma sintonia mais estreita entre o setor público e o privado, com o objetivo comum de incrementar a oferta habitacional”.
Joivy tem novo responsável na Ibéria – e coliving é aposta em Portugal
A Joivy anunciou no final do ano passado o arranque da operação em Portugal, reunindo sob uma única identidade a experiência e especialização da DoveVivo, da ALTIDO e da Chez Nestor. Recentemente, em entrevista ao idealista/news, Giulio Limongelli, Managing Director da empresa, revelou que esta geria “um portfólio de 370 imóveis entre Lisboa e o Porto”. Desde o início do ano a Joivy tem, no entanto, um novo Diretor Geral para a zona Ibéria, Davide Ravalli. Para Portugal, assegura o responsável, existe a ambição de conseguir gerir um edifício inteiramente dedicado ao coliving.