Recuperação de imóveis

Há cada vez mais lojas a serem transformadas em casas. E escritórios também. A procura de casa nos centros de Lisboa e Porto está a pressionar também este segmento, onde se encontram cada vez mais espaços a ser transformados em habitação. Com isto, o reforço de um problema: a oferta de escritórios é cada vez mais escassa.

Do lote de 30 monumentos que o Governo pretende concessionar a privados para projetos turísticos, há um pacote de 10 ativos imobiliários cujos concursos públicos serão lançados ainda este ano. O compromisso é da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.

O vereador da Habitação da Câmara do Porto, Manuel Pizarro, disse esta terça-feira que a autarquia espera instalar 130 famílias em 57 casas e 17 edifícios municipais do centro histórico nos próximos dois anos. “Temos 57 casas praticamente prontas e 17 edifícios a precisar de reabilitação mais profunda. Esperamos que, nos próximos dois anos, 130 famílias possam regressar ao centro histórico. Neste milénio, esta é a primeira operação que pretende repovoar o centro histórico”, referiu.

A Câmara Municipal do Porto (CMP) quer transferir para a empresa municipal Domus Social (DS) cerca de 60 casas e 17 edifícios no centro histórico, para os destinar a habitação social.

Os empréstimos bonificados para a reabilitação de prédios para arrendar estão a ter pouca procura. Isto porque os senhorios preferem optar pelo arrendamento de casas a turísticas – através do alojamento local –, em vez do arrendamento habitacional.

A Melom, que recentemente atingiu as 150 unidades operativas em Portugal, através da Melom e da rede Querido Mudei a Casa Obras (QMAC-O), celebrou um contrato de franchising com a construtora Soares da Costa (SdC). O mesmo prevê que a SdC tenha uma unidade Melom no concelho de Lisboa, estando já a ser desenvolvida uma equipa especifica.

A Temprano Capital Partners, fundo de investimento que há quatro meses comprou um retail park em Gaia, acaba de adquirir um imóvel dos CTT com 11 mil m2 no coração de Lisboa para uma residência de estudantes. Agora anda à procura de imóveis no Porto e Coimbra, além de na capital, para desenvolver o mesmo tipo de projetos. E diz ter entre 100 e 200 milhões de euros para investir.

Os empresários da construção civil denunciam que, seis meses depois, o programa "Reabilitar para Arrendar", lançado pelo Governo para promover a reabilitação de prédios em 26 municípios, ainda não arrancou.O objetivo da iniciativa do IHRU - Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana era promover a