Relatório

o relatório de primavera 2012, elaborado pelo observatório português dos sistemas de saúde (opss), que será apresentado nesta quinta-feira, na fundação calouste gulbenkian, em lisboa, analisa com detalhe os efeitos da crise e das medidas tomadas no âmbito do memorando de entendimento com a “troika”

há mais contraordenações do banco de portugal por irregularidades na banca e apesar de as reclamações terem caído, no ano passado, o número de queixas em que o cliente acaba por ter razão aumentou.

a nova produção de crédito à habitação caiu a pique no ano passado, reflexo não só da maior selectividade na concessão, como da menor procura de financiamento.

segundo um relatório da associação dos industriais da construção civil e obras públicas do norte (aiccopn), as autarquias demoram, em média, 238 dias a pagar as obras públicas, o valor mais alto em três anos, ultrapassando em 178 dias o prazo máximo legalmente estabelecido, que são 60 dias.

lisboa é uma das cidades europeias piores classificadas no ranking do sector imobiliário de 2012, elaborado pela pricewaterhousecoopers (pwc) e pelo urban land institute.

os bancos esperam manter este ano a tendência crescente de aumentar os “spreads” e conceder menos crédito às famílias, nomeadamente no que diz respeito à habitação.

a zona comercial do chiado, em lisboa, destronou a avenida da liberdade no ranking imobiliário das zonas mais caras do país.

a estradas de portugal (ep) deverá enfrentar "sérias dificuldades" em financiar-se em 2013, correndo o risco de insustentabilidade financeira a partir de 2014, revela um relatório da inspecção-geral das finanças (igf), a que a agência lusa teve acesso.

a crise que está a afectar o mercado imobiliário parece não estar a dar tréguas.

a crise está, também, a afectar os lojistas de rua. segundo um estudo da consultora imobiliária cushman & wakefield, lisboa tem 18 mil m2 de lojas de rua vazias, mais 9% que em 2008.

as casas em portugal estão subavaliadas. a garantia foi dada pelo banco central europeu (bce), que revelou que são praticados preços muito baixos na habitação no país. na mesma situação estão alemanha e áustria.

com os salários estagnados e os preços cada vez mais altos, o cenário vai ficar mais negro para as famílias portuguesas que verão o seu poder de compra reduzido durante os próximos seis anos.