
Esta é uma casa de hóspedes que não é apenas construída de taipa, mas parece ter brotado diretamente do solo. O uso deste material ancestral não é coincidência, pois oferece eficiência térmica ao mesmo tempo que uma estética quente e orgânica. É o hotel com encanto desta semana.
Em Todos Santos, no coração da península de Baja California (México), a paisagem árida funde-se com o céu e o oceano numa combinação de cores e tons únicos. Nesse panorama, a arquitetura pode escolher entre dois estilos, ou rompe com ele, ou se integra. E para o projeto que apresentamos neste artigo, os arquitetos do estúdio mexicano PPAA (Pérez Palacios Arquitectos Asociados) decidiram integrar este projeto com o ambiente natural.

O projeto foi realizado pela PPAA em colaboração com a empresa dinamarquesa Vipp, conhecida pelos seus produtos de design funcional e que agora embarca na aventura da restauração. O resultado é um espaço íntimo e monumental ao mesmo tempo, respirando ao ritmo da paisagem e abraçando o espírito do deserto.
A escolha de um material como a taipa responde não apenas a critérios estéticos, mas também a um profundo desejo de diálogo com o meio ambiente. Ao usar a mesma terra do lugar para levantar as paredes grossas que moldam o complexo, os arquitetos alcançaram uma simbiose surpreendente entre arquitetura e natureza

Além desse mimetismo, a taipa atua como uma massa térmica que regula naturalmente a temperatura interior. Esse detalhe é especialmente importante num clima desértico como o de Todos Santos, onde os contrastes entre o dia e a noite podem ser extremos. Durante o dia, os interiores permanecem frescos; à noite, o calor acumulado é libertado lentamente, garantindo conforto sem a necessidade de sistemas artificiais.




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