
este verão pode ser terrível para o turismo no algarve, já que ainda existem na região mais de cem mil camas vagas. por outro lado, em espanha estão à venda moradias – situadas entre dois campos de golfe – com chave na mão por 65 mil euros, o que não ajuda a promover o turismo no sul do país. para elidérico viegas, presidente da associação dos hotéis e empreendimentos turísticos do algarve (aheta), “oportunidades de negócio não faltam”. “também é tempo de investir” no algarve, frisou
citado pelo público, o responsável adiantou que o algarve está à espera que o verão forneça o “balão de oxigénio” para evitar o encerramento de mais empresas. “há muita oferta, mas não é exagerada se tivermos em conta que a região recebe 5,5 milhões de turistas por ano, e que tem capacidade para muito mais”, referiu
de acordo com a publicação, os promotores imobiliários fizeram grandes investimentos a pensar num potencial cliente de segunda habitação, mas como a banca não concede crédito muitos empresários foram à falência. um bom exemplo é a herdade dos salgados (grupo cs): dois hotéis; 450 milhões de investimento; o projecto está concluído, mas de portas fechadas. paralelamente a este situação, na costa sul espanhola o cenário é idêntico. ou seja, dos dois lados da fronteira existem várias aldeias turísticas-fantasma
agora, e depois de terem sido investidos milhões em eventos para atrair turistas, são muitas as dificuldades para manter as infra-estruturas básicas. os promotores turísticos e as autarquias apontam o dedo à banca, cada vez mais restritiva com a concessão de crédito. “alguma coisa está mexer, alguns promotores reformularam os projectos, outros não avançaram”, disse o presidente da câmara de lagos, júlio barroso, citado pelo público. o responsável acrescenta que o problema principal “reside no corte de financiamento da banca”
mais crítico é tiago jacinto, coordenador do sindicato de hotelaria e turismo (sht): “o algarve bateu no fundo. tenho conhecimento de pessoas licenciadas que vão pedir emprego na restauração, mas ocultam as habilitações para conseguir um trabalho, ainda que precário”. segundo o sht, “não são só os grandes [empreendimentos] a falir”, já que desde a pastelaria ao café da esquina “estão todos à espera do verão”
Para poder comentar deves entrar na tua conta