Resultados provisórios dos Censos 2021 revela que escalões mais representativos têm despesas entre 200 e 400 euros mensais.
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Proprietários de casas
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Lusa

Mais de 60% dos proprietários de casa em Portugal não tem encargos financeiros mensais relacionados com a aquisição da habitação, segundo os resultados provisórios dos Censos 2021 divulgados esta quinta-feira, dia 16 de dezembro de 2021, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Os Censos 2021 - dados provisórios - mostram que ao nível dos alojamentos ocupados pelo proprietário, 61,6% não tem encargos financeiros resultantes da aquisição da habitação”, refere o INE.

Para os alojamentos em que existem encargos por compra, os escalões mensais de encargos mais representativos são o dos “200 a 299,99 euros”, com 11,1%, e o dos “300 a 399,99 euros”, com 9,2% do total de alojamentos ocupados pelo proprietário.

Já o escalão mais baixo (“menos de 100 euros” mensais) e o mais elevado (“1.000 euros ou mais”) representam apenas 1,2% e 1,1%, respetivamente.

famílias portuguesas
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No que respeita aos alojamentos familiares em regime de arrendamento, que totalizam 922.921 alojamentos, o escalão do valor mensal da renda com maior representatividade é o dos “650 euros aos 999,99 euros”, com 40,4% dos alojamentos ocupados por arrendatários.

As rendas mensais acima de 1.000 euros representam 21% e o escalão com as rendas mais baixas (“menos de 100 euros”) tem um peso 12,5%.

Oferta de casas aumentou, mas muito menos que na década anterior

De acordo com os resultados provisórios dos Censos 2021, Portugal registou “um ligeiro crescimento” dos edifícios e alojamentos para habitação, mas a “ritmo bastante inferior” ao de décadas anteriores, sendo 70% dos alojamentos ocupados pelo proprietário, mas tendo o arrendamento aumentado 16% face a 2011.

De acordo com os Resultados Provisórios dos Censos 2021, agora divulgados pelo INE, “o número de edifícios destinados à habitação é de 3.573.416 e o de alojamentos de 5.981.485, valores que, face a 2011, representam um aumento de 0,8% e 1,7%, respetivamente”.

casas em Lisboa
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O INE nota que “o crescimento do parque habitacional entre 2011 e 2021 é significativamente inferior ao verificado na década anterior, quando os valores se situavam na ordem dos 12% para edifícios e os 16% para alojamentos”.

País ainda de proprietários, mas agora menos: peso do arrendamento cresceu

Da análise do INE resulta também que “70% dos alojamentos em Portugal são ocupados pelo proprietário, embora a sua importância relativa tenha diminuído” ao longo das últimas décadas, e, em contrapartida, o número de alojamentos arrendados tenha aumentado 16% nos últimos 10 anos.

Assim, em 2021 a importância relativa dos proprietários decresceu 3,2 pontos percentuais face a 2011 e 5,7 pontos percentuais comparativamente a 2001.

Por sua vez, os alojamentos ocupados em regime de arrendamento representam 22,3% do total e viram a sua importância reforçada em 2,4 pontos percentuais face a 2011.

Quanto aos alojamentos em outra situação de ocupação (onde se incluem, por exemplo, as cedências de habitação por empréstimo), correspondem em 2021 a 7,7% dos alojamentos de residência habitual.

Proprietários
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Por NUTS II, o Centro apresenta a maior percentagem de alojamentos ocupados pelo proprietário (77,3%) e a proporção de alojamentos arrendados mais baixa (15,8%).

Já a Área Metropolitana de Lisboa destaca-se por ser o território onde o regime de arrendamento tem “maior expressão”, com 29,2% dos alojamentos ocupados por arrendatários, seguida do Algarve (23%) e do Norte (22,2%).

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