João Pedro Oliveira e Costa, CEO do banco BPI, considera que os preços das casas não vão descer, vão é “crescer mais lentamente”.
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Novos prazos no crédito habitação não baixam preços das casas
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Há mudanças no crédito habitação, nomeadamente no que diz respeito à maturidade dos empréstimos. A partir de 1 de abril de 2022, por exemplo, só quem tem 30 anos ou menos conseguirá financiamentos a 40 anos. E será que os novos limites recomendados pelo Banco de Portugal (BdP) terão impacto no mercado imobiliário residencial? João Pedro Oliveira e Costa, CEO do banco BPI, admite que sim. Mas considera que os preços das casas não vão descer, vão é “crescer mais lentamente”. 

Segundo o responsável, que falava na conferência de imprensa de apresentação de resultados do banco, realizada esta quarta-feira (2 de fevereiro de 2021), “continua a haver procura substancial” e o “mercado ajustar-se-á aos prazos que o supervisor definiu”. “Mas pensamos que poderá ter algum impacto no preço das casas”, referiu, citado pelo Expresso

João Pedro Oliveira e Costa antevê um crescimento mais lento que o atual nos preços das casas e considera que “numa determinada fasquia, onde é utilizado mais crédito, terá de haver um certo ajuste”.

Ainda relativamente ao crédito habitação, o BPI tinha 13,1 mil milhões de euros concedidos no final de 2021, o que representa um aumento de 9% em relação ao ano anterior. Cerca de 2,4 mil milhões foram contratados só no último exercício, o que corresponde a um aumento homólogo de 40%. Trata-se de “um um recorde histórico”, adiantou João Pedro Oliveira e Costa.

Sobre a continuidade dos juros nos créditos em níveis negativos até 2023, o responsável prevê que, este ano, não deve haver subidas a terreno positivo. “Passar a fasquia do zero e ficar muito próximo, mas acima, só em 2023”, estimou o CEO do banco. 

Lucros do BPI quase triplicam para 307 milhões em 2021 

Entretanto, e de acordo com a Lusa, que também cita João Pedro Oliveira e Costa, o BPI registou, em 2021, um lucro consolidado de 307 milhões de euros, um crescimento de 192% face aos 105 milhões de euros de 2020.

Segundo o banco, na atividade em Portugal, o resultado líquido recorrente do BPI ascendeu a 200 milhões de euros, o que compara com os 84 milhões de euros registados em 2020.

“O resultado como reportado em Portugal, que inclui custos não recorrentes com reformas antecipadas e rescisões voluntárias, ascendeu a 179 milhões de euros em 2021 (66 milhões de euros no ano anterior)”, sendo que o contributo da participação no BFA para o resultado consolidado foi de 106 milhões de euros (que inclui os 40 milhões de euros do dividendo de 2020 e 50 milhões de euros da distribuição de reservas reconhecidas em resultados)”, referiu a instituição, em comunicado, indicando ainda que o contributo da participação no BCI foi de 23 milhões de euros em 2021. 

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