Em junho, o montante emprestado pelos bancos abrandou face a maio, para 1.524 milhões. Já a taxa de juro média subiu para 4,25%.
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Evolução do crédito habitação em Portugal
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Em junho, o montante emprestado pelos bancos nos novos contratos de crédito habitação abrandou face ao mês anterior, para 1.524 milhões de euros (1.625 milhões de euros em maio). Trata-se, ainda assim, de um montante superior quando comparado com o registado em junho de 2022 (1.402 milhões de euros). Em alta continua a taxa de juro média dos novos créditos habitação, que subiu de 4,16% em maio para 4,25% em junho, atingindo o valor mais alto desde fevereiro de 2012, segundo o Banco de Portugal (BdP).

“Em junho, as novas operações de empréstimos aos particulares totalizaram 2.165 milhões de euros, menos 126 milhões do que em maio. Verificaram-se quedas nas finalidades de habitação e de consumo (de 101 e 31 milhões de euros, respetivamente). Em sentido inverso, as novas operações de empréstimos para outros fins aumentaram seis milhões de euros”, lê-se no boletim do BdP, divulgado esta quarta-feira (2 de agosto de 2023).

Os números mostram, de resto, que os novos financiamentos relativos à compra de casa representam, em junho, a maior parte do montante emprestado aos consumidores: 1.524 milhões de euros num total de 2.165 milhões. Este é, no entanto, um dos montantes mais elevados dos últimos anos, sendo apenas superado por março de 2022 (1.691 milhões de euros), março de 2023 (1.797 milhões de euros) e maio de 2023 (1.625 milhões de euros).


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Taxa de juro média do novo crédito habitação sempre a subir

No que diz respeito às taxas de juro médias dos novos créditos, aumentaram, em junho, para 4,25%, sendo este o valor mais elevado da última década. 

“A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação subiu de 4,16% em maio para 4,25% em junho, atingindo o valor mais alto desde fevereiro de 2012. Também as taxas de juro médias de novos empréstimos para outros fins aumentaram 0,09 pontos percentuais (de 5,21% para 5,30%). Por outro lado, as taxas de juro médias diminuíram na finalidade de consumo (de 8,73% em maio para 8,60% em junho)”, conclui o BdP.

Salientado que, no caso do crédito habitação, a análise incide exclusivamente sobre os novos empréstimos e o stock de empréstimos concedidos a particulares para habitação própria permanente, a entidade liderada por Mário Centeno especifica que “a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação contratados a taxa variável aumentou para 4,37% em junho, ultrapassando a taxa de juro média dos novos empréstimos a taxa fixa (4,16%)”. 

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