Taxa de esforço nos empréstimos habitação tende a aumentar. BdP está a acompanhar de perto a aplicação da medida.
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Garantia pública para jovens
Mário Centeno, governador do Banco de Portugal Getty images

Há cada vez mais jovens a aderir à garantia publica no crédito habitação para comprar a sua primeira casa. Mas este apoio público acaba por ter “consequênciaS evidentes”, considera Mário Centeno, governador do Banco de Portugal (BdP). Desde logo, sobe o nível de endividamento destes jovens.

O supervisor português está a “acompanhar a aplicação” da garantia pública jovem, que tem tido cada vez mais adesão no país. E Mário Centeno alerta que este apoio público “tem consequências económicas e financeiras evidentes”, disse em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1.

Isto porque “há um maior endividamento das pessoas, durante mais tempo e com níveis superiores face ao valor do imóvel. Portanto, aquilo que é o rácio entre o valor do empréstimo e o valor do ativo é superior”, explica o governador do BdP na ocasião, lamentando que “lutámos muitos anos para que isto não fosse assim”.

Ou seja, as famílias acabam por ter maiores taxas de esforço ao contratar empréstimos da casa a 100% garantido pelo Estado em 15% do valor, ao invés de seguir as regras macroprudenciais do BdP e pedir um crédito habitação com financiamento até 90%. 

Ao aumentar a percentagem de financiamento bancário e a taxa de esforço além dos níveis recomendados pelo supervisor, estes créditos da casa com garantia pública podem mesmo subir no patamar de risco para um mais elevado e até de terem spreads mais altos.

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