Por utilizares o dinheiro, em diferentes formas de pagamento, tens um custo anual médio de 258 euros. Somando notas e moedas, cheques, cartões, débitos diretos e transferências bancárias, o custo social do dinheiro equivale a 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, um total de 2,7 mil milhões de euros, em compras, vendas e outras transações.
A terceira edição do estudo “Os Custos sociais dos instrumentos de pagamento de retalho em Portugal”, que faz o retrato do uso dos meios de pagamento em Portugal, mostra pela primeira vez como é que os consumidores, além da banca e das empresas, suportam os diversos custos associados ao uso do dinheiro.
Segundo esse trabalho, divulgado nesta quinta-feira e citado pelo Dinheiro Vivo, o débito direto é, naturalmente, “o instrumento com menor custo unitário para os consumidores, no valor de 3 cêntimos por pagamento”.
Mas tendo em conta todos os pagamentos feitos com cartão de débito, estes surgem “como a segunda opção mais económica para os consumidores” (20 cêntimos por utilização), abaixo do numerário que implicou um custo unitário de 24 cêntimos por pagamento feito com notas e moedas.
Apesar das comissões cobradas nos cartões de débito (54% do custo total deste instrumento de pagamento), o Banco de Portugal mostra que estes cartões acabam por sair mais baratos aos consumidores porque permitem uma grande poupança de tempo face a outros meios de pagamento (menos de 1 minuto por transação), sustenta o estudo.
O custo escondido das notas e moedas
OBanco Central, tal como escreve o jornal, diz que tem a ver, essencialmente, com o dispêndio de tempo para realizar a transação. Em média, cada vez que se faz um pagamento com dinheiro vivo, o consumidor gasta cerca de dois minutos do seu tempo. Isto traduz-se num custo de oportunidade: quanto ganharia ele se em vez de ter usado esse tempo a pagar coisas, tivesse auferido um rendimento equivalente?
“Os custos de tempo assumem maior relevância no caso do numerário (98% dos custos) e das transferências a crédito (77%). As comissões suportadas pelos consumidores foram particularmente significativas no cartão de crédito (89%) e nos cheques (76%)”. Usar cheques e cartões de crédito é o mais caro", aponta o BdP.
O uso de cheques está totalmente em declínio: o uso de cartões e de transferências é, em contrapartida, cada vez mais popular.
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