A Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) vai passar a fiscalizar todo o setor energético, incluindo a luz e o gás natural, a partir do dia 1 de setembro. A entidade vai passar a denominar-se Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE).
A atual ENMC, que tinha já competências de fiscalização na área dos combustíveis e do gás de petróleo liquefeito, "passa também a ter competências de fiscalização na área da energia elétrica e do gás natural”, lê-se no decreto-lei publicado esta segunda-feira, 27 de agosto, em Diário da República.
De referir que a recém-criada Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) nasce a partir da reestruturação da Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis (ENMC) e vai agregar competências que estavam distribuídas pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
A alteração dos estatutos da ENMC, refere o documento, tem em vista "a sua reestruturação e a concentração de competências de fiscalização de todo o setor energético numa única entidade fiscalizadora, com consequente redenominação desta entidade”.
“A criação da ENSE vem colmatar uma lacuna na área da energia. O facto de passar a haver uma única entidade a monitorizar os combustíveis, eletricidade, gás natural e gás de garrafa vai permitir melhorar a fiscalização do setor energético", refere Jorge Seguro Sanches, Secretário de Estado da Energia.
Competências da ENSE
Além da fiscalização do setor da energia, a ENSE vai ficar responsável pela gestão das reservas petrolíferas nacionais. A nova entidade acumula funções, mas transfere outras. As competências em matéria de monitorização do mercado e de regulação, na parte respeitante a produtos petrolíferos e a biocombustíveis, vão passar para as mãos da ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
A DGEG, por sua vez, vai passar a ficar responsável pela "pesquisa, prospeção e exploração de hidrocarbonetos", função que até agora estava sob a alçada da ENMC. Já o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) vai assumir as competências em matéria de coordenação do processo de verificação do cumprimento dos critérios de sustentabilidade dos biocombustíveis.
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