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Bancos “livram-se” de crédito malparado – baixa para 4,9% no final de 2020
Banco de Portugal

Os bancos portugueses estão firmes no objetivo de reduzir os respetivos rácios de crédito malparado. No quarto trimestre de 2020, ou seja, em plena pandemia da Covid-19, “o rácio de empréstimos não produtivos (NPL na sigla inglesa) diminuiu 0,4%, para 4,9%”, segundo dados divulgados recentemente pelo Banco de Portugal (BdP). Uma tendência que se mantêm desde pelo menos dezembro de 2016.

De acordo com o BdP, a referida diminuição de 0,4% – passou de 5,3% em setembro de 2020 para 4,9% em dezembro do mesmo ano – reflete “a diminuição dos NPL (-7%) e o aumento dos empréstimos incluídos no denominador (1,7%)”. “O rácio de NPL líquido situou-se em 2,2% (-0,1 pp)”, lê-se no relatório sobre o sistema bancário português.

Segundo a Lusa, que se apoia nos dados do relatório, o rácio de NPL das empresas (sociedades não financeiras - SNF) cifrou-se em 9,6% (-0,9 pontos percentuais face a setembro) enquanto o dos particulares se situou em 3,4% (-0,1 pontos percentuais). Em ambos os casos, a redução do rácio resultou sobretudo da diminuição do numerador (NPL).

No que diz respeito ao valor bruto do crédito malparado dos bancos portugueses, recuou 1.087 milhões de euros (cerca de 7%) em dezembro de 2020 face a setembro desse ano, situando-se nos 14.358 milhões de euros. Em termos homólogos, a diminuição do valor dos empréstimos não produtivos foi de 2.841 milhões de euros.

Quanto ao rácio de cobertura dos NPL por imparidades, no final do quarto trimestre diminuiu 0,5%, para 55,4%, “condicionado pela evolução no segmento das SNF, onde a diminuição das imparidades acumuladas foi superior à dos NPL”.

No segmento dos particulares, o rácio de cobertura aumentou 2,7%, para 50,7%, observando-se esta evolução nos segmentos de crédito à habitação (+1,7%) e de crédito ao consumo e outros fins (+2,4%).

*Com Lusa

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