Oeiras, Lisboa e Cascais são os municípios com os rendimentos declarados mais elevados. Os dados são do INE e são de 2019.
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Onde se ganha mais em Portugal?
Imagem de Alice Maia por Pixabay

É em Oeiras que o rendimento anual é maior, com um valor médio de 14.009 euros. Lisboa e Cascais completam o pódio, com 12.898 e 11.859 euros, respetivamente. Em 2019, antes do súbito aparecimento da pandemia da Covid-19, a mediana do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo em Portugal foi 9.539 euros, tendo-se verificado um aumento de 4,5% face ao ano anterior, segundo dados divulgados esta terça-feira (27 de junho de 2021) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Mas há cidades em que se ganha mais que outras.

Segundo o INE, “o retrato municipal do valor mediano do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo evidenciou 65 municípios com valores acima da referência nacional e, com valores mais baixos (inferiores a 8.000 euros), um conjunto de municípios sobretudo da região Norte”. 

“Destacaram-se 42 municípios com valores acima de 10.000 euros por sujeito passivo, mais 10 municípios que em 2018. Com valores acima de 11.500 euros salientaram-se os municípios de Oeiras (14. 009 euros) – apresentou o rendimento mediano mais elevado –, Lisboa (12.898 euros), Cascais (11.859 euros) e Alcochete (11.594 euros), que se integram na Área Metropolitana de Lisboa (AML). Aliás, todos os 18 municípios desta região apresentaram valores medianos superiores a 10.000 euros”, conclui o INE.

De referir, ainda, que os 18 municípios da AML ficaram acima da média nacional, os já referidos 9.539 euros, um cenário que também se verificou em 19 municípios na região Centro, 13 no Alentejo, sete no Norte, quatro na Região Autónoma dos Açores, três na Região Autónoma da Madeira e apenas um no Algarve, no caso Faro. 

Os dados do INE demonstram ainda que a AML (11.283 euros), a Região de Coimbra (9.715 euros), a Região de Leiria (9.709 euros), o Alentejo Central (9.655 euros) e a Região de Aveiro (9.579 euros) foram as sub-regiões com os rendimentos medianos mais elevados, superiores à referência nacional. Já as sub-regiões do Alto Tâmega (7.531 euros) e do Tâmega e Sousa (7.843 euros) apresentaram os rendimentos medianos mais baixos, inferiores a 8.000 euros por sujeito passivo.

Impacto da pandemia

O instituto alerta para o facto destes números/dados serem relativos ao período pré-pandemia da Covid-19, sendo de antever que “o impacto económico da crise pandémica, particularmente desfavorável para a fileira do turismo, e a forte concentração territorial desta atividade, antecipam efeitos fortemente assimétricos dentro e entre as economias locais e, consequentemente, nos rendimentos das famílias que delas dependem”.

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