Os bancos centrais de vários países decidiram aumentar as respetivas taxas de juros já este ano, de forma a dar resposta ao aumento global da inflação. À exceção do Banco Central Europeu (BCE), do Banco Central da China e do Banco do Japão, o preço do dinheiro tornou-se mais caro nas principais economias, embora não com a mesma intensidade. Recentemente, por exemplo, a Reserva Federal dos EUA (Fed), o Banco de Inglaterra e o Banco da Austrália anunciaram mexidas.
Dados da Bloomberg compilados pelo jornal espanhol Cinco Días permitem concluir, por exemplo, que as taxas de juro nos EUA e Canadá já subiram 75 pontos-base este ano, ou seja, 0,75%. No caso do Fed, o aumento mais recente, de 50 pontos-base (0,5%), é o mais elevado, de uma só vez, desde 2000.
Com subidas igualmente altas desde janeiro de 2022 estão a Nova Zelândia (0,75%) e o Reino Unido (1%, o nível mais elevado desde 2009).
O BCE está também pressionado a mexer na taxa de juro, uma medida que deverá acontecer em breve, já este verão. Mário Centeno, governador do Banco de Portugal (BdP), disse recentemente que a subida de juros por parte do BCE deve ser levada com “ponderação”, defendendo que só deverá acontecer “quando for seguro fazê-lo".
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