Estimativas preliminares para o 2º trimestre de 2022 refletem o levantamento de medidas de combate à pandemia, indica o INE.
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PIB em Portugal
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O Produto Interno Bruto (PIB) português registou um crescimento de 7,1% no segundo trimestre face ao mesmo período de 2021 e uma variação nula relativamente ao primeiro trimestre, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os números conhecidos reveem em alta estimativa rápida divulgada a 29 de julho pelo INE e que apontava para um crescimento do PIB no segundo trimestre para 6,9% em termos homólogos e para uma contração em cadeia de 0,2%.

Segundo o INE, estas estimativas preliminares para o segundo trimestre de 2022 refletem, na comparação homóloga, "em parte um efeito de base, dado que no primeiro trimestre de 2021 estiveram em vigor várias medidas de combate à pandemia que condicionaram a atividade económica".

As estimativas preliminares avançadas "apontam para uma variação homóloga do PIB de 7,1% em termos reais no segundo trimestre de 2022, verificando-se uma revisão em alta de 0,2 pontos percentuais face ao apurado na estimativa rápida, que compara com taxas de 11,8% no trimestre anterior e de 16,5% no segundo trimestre de 2021".

PIB
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O instituto nota que "a desaceleração do PIB em termos homólogos reflete em parte um efeito de base, dado que no primeiro trimestre de 2021 estiveram em vigor várias medidas de combate à pandemia que condicionaram a atividade económica".

Em termos nominais, o PIB registou um crescimento homólogo de 11,1% (12,5% no trimestre precedente e 15,5% no segundo trimestre de 2021). O deflator implícito do PIB "acelerou significativamente" no segundo trimestre, para uma taxa de variação homóloga de 3,7% (0,7% no trimestre anterior).

Segundo o INE, o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB "diminuiu no segundo trimestre, passando de 10,0 pontos percentuais para 3,7 pontos percentuais, verificando-se um crescimento menos acentuado do consumo privado e do investimento".

Já o contributo positivo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB aumentou para 3,5 pontos percentuais (1,7 pontos percentuais no trimestre anterior), "em resultado da aceleração mais acentuada das exportações de bens e serviços que a das importações de bens e serviços".

"No segundo trimestre, os preços implícitos nos fluxos de comércio internacional aumentaram significativamente, tendo-se registado uma maior aceleração nas exportações devido às componentes de serviços, determinando uma perda menos intensa dos termos de troca que no trimestre anterior", refere o INE.

De acordo com o instituto, "o efeito da evolução dos termos de troca conjugado com o comportamento positivo em volume resultaram numa melhoria do saldo externo de bens e serviços em termos nominais, situando-se em -2,2% do PIB (-3,6% do PIB no primeiro trimestre)".

*Com Lusa

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