Como gerir o salário em tempos de crise

O cenário é de crise, com a taxa de inflação a não dar tréguas e o Banco Central Europeu (BCE) a responder com a subida da taxa de juros. Uma das consequências deste cenário, além do aumento da prestação da casa a pagar ao banco pelo crédito habitação, é a perda de poder de compra, que segundo António Costa é “brutal”. Mas há formas de tentar “minimizar” os danos, nomeadamente fazendo uma gestão correta do salário. 

Para o primeiro-ministro não há dúvidas, “há uma brutal perda de poder de compra fruto de uma enorme inflação que resulta, por um lado, ainda, das cicatrizes da pandemia da Covid-19 e, por outro lado, da guerra desencadeada pela Rússia contra a Ucrânia”. “A inflação que vivemos não é uma ilha de Portugal, ou fruto das políticas internas”, disse António Costa esta quarta-feira (26 de outubro de 2022) na Assembleia da República, no final da segunda ronda de perguntas do debate na generalidade da proposta de Orçamento para 2023 (OE2023). 

A inflação, de acordo com o chefe de Governo, é um fenómeno importado. “A perda de poder de compra não resulta de qualquer aumento de impostos ou de corte de rendimentos. Tudo o que temos feito ao longo deste ano é, com um esforço enorme dos contribuintes portugueses, com a capacidade da boa gestão orçamental realizada, poder conseguir controlar os aumentos dos preços o mais possível, em particular, e compensar as famílias, sobretudo as de menores rendimentos daquilo que seria a perda de poder de compra”, referiu, citado pela Lusa. 

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3 dicas que ajudam a gerir o salário 

Fazer uma boa gestão do dinheiro, nomeadamente das poupanças e do salário, é, então, crucial em tempos de crise, até porque pode haver despesas imprevistas. Isto além, claro, da inevitável subida de preços a que se assiste com a escalada da taxa de inflação. Importa saber, posto isto, como (bem) gerir o salário. Estas três dicas podem ajudar a ter uma vida financeira mais confortável, escreve o Dinheiro Vivo.  

1 – Reforçar a poupança 

Assim que receberes o salário, coloca de parte o montante que queres poupar. Deixas de contar com esse valor para os teus gastos mensais e, ao mesmo tempo, reforças as poupanças. Podes fazê-lo, por exemplo, através de um agendamento automático de uma transferência da conta à ordem para uma conta de poupança.

2 – Definir um valor para despesas fixas

São várias as despesas fixas a pagar todos os meses, como por exemplo as faturas da eletricidade, água e gás, além da renda e/ou prestação da casa. Tenta, assim que receberes o salário, colocar de parte uma parte do valor para estes gastos fixos. Conseguirás, assim, fazer uma gestão mais realista do orçamento mensal.

3 – Alocar um valor do salário para atividades de lazer 

O dinheiro do salário não deve ser apenas usado para pagar contas, pelo que é importante alocar parte do orçamento para fazer coisas de que se gosta ou que dão prazer. Ir ao cinema, viajar ou jantar fora de casa, por exemplo, são prazeres que não devem ser descurados, caso haja essa possibilidade, claro.