Chegaram 7.409 milhões de euros a offshores desde Portugal em 2022. Suíça e Hong Kong são os principais destinos.
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Transferências para paraísos fiscais
AT/ Público

Quem guarda dinheiro no banco procura rentabilizá-lo e pagar baixos impostos. E, por isso mesmo, há cada vez mais clientes dos bancos portugueses a enviar dinheiro para contas sediadas em paraísos fiscais, revelam os dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). E o montante movimentando em 2022 também aumentou face ao ano anterior atingindo os 7.400 milhões de euros.

Foram registadas 117.669 transações de dinheiro de Portugal para contas sediadas em países de baixa tributação ou de maior opacidade financeira em 2022, mais 12.146 operações do que no ano anterior. Este foi mesmo o maior número de transferências de Portugal para offshores registado desde 2017, escreve o Público tendo por base dados da AT.

O montante transferido para paraísos fiscais desde Portugal atingiu os 7.409 milhões de euros em 2022, verificando-se um aumento face aos três anos anteriores. Mas ainda é bem inferior em relação aos montantes registados entre 2017 e 2018, quando os fluxos de capitais atingiram 10.000 milhões e 9.000 milhões de euros, respetivamente.

E para onde é enviado este dinheiro? Suíça, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos continuam a ser os principais destinos das transferências realizadas a partir de Portugal para offshores, refere o mesmo jornal.

Olhando par o montante total transferido para paraísos fiscais, salta à vista que a sua maioria é realizado por empresas (6.600 milhões de euros, cerca de 89% do total). Mas no que diz respeito ao número, verifica-se que há mais clientes individuais (as pessoas) a fazê-lo: 8.800 pessoas avançaram com transferências para offshores em 2022, contra cerca de 7.300 pessoas coletivas (empresas).

Enviar dinheiro para paraísos fiscais
AT / Público
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