Abrandamento dos preços dos alimentos justifica. Taxa de inflação em Portugal terá registado o menor valor desde junho de 2021.
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Inflação em Portugal a descer
INE

A inflação em Portugal continua a desacelerar a bom ritmo. Os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira divulgados revelam que a inflação em dezembro terá diminuído para 1,4%, menos 0,1 pontos percentuais (p.p.) face a novembro. E este abrandamento da subida generalizada dos preços no nosso país deveu-se, sobretudo, à desaceleração do crescimento dos preços dos alimentos. De notar ainda que a inflação média estimada para 2023 fixou-se em 4,3%, estando bem inferior à calculada para 2022 (7,8%).

“Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 1,4% em dezembro de 2023, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior [1,5% em novembro]”, revela o INE no boletim publicado esta sexta-feira, dia 29 de novembro. Se estes dados se confirmarem a 11 de janeiro de 2024, quer dizer que a inflação em Portugal terá registado o menor valor desde junho de 2021.

O principal contributo para a desaceleração da inflação em Portugal deve-se, sobretudo, ao abrandamento dos preços dos alimentos (-0,6% face ao mês anterior), diz o instituto:

  • Preços da energia: caíram para -10,5% (-12,4% no mês anterior);
  • Preços dos alimentos não transformados: desaceleraram para 2,0% (3,5% em novembro).

Também a inflação subjacente m Portugal - que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos - terá registado uma variação de 2,6% em dezembro, menor que a registada no mês anterior (2,9%).

Comparativamente com o mês anterior, a variação do IPC português terá sido -0,5% (-0,3% em novembro de 2023 e em dezembro de 2022). E o INE estima ainda “uma variação média nos últimos doze meses de 4,3% (5,0% no mês anterior), que compara com a variação média de 7,8% em 2022”.

Para comparar a inflação de Portugal com a dos outros países da Zona Euro é utilizado o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC). E prevê-se ainda que o IHPC português terá registado uma variação homóloga de 1,8% em dezembro (2,2% no mês precedente).

Recorde-se que para travar a subida da inflação na Zona Euro e colocá-la nos 2%, o Banco Central Europeu (BCE) apostou desde fevereiro até setembro na subida das suas três taxas de juro diretoras, seguido de uma estabilização no patamar dos 4% nas reuniões de outubro e dezembro. E esta política monetária restritiva tem ajudado a abrandar a procura e o investimento por todo o espaço europeu, de tal forma que têm produzido efeitos na inflação em baixa, tanto na Zona Euro como em Portugal.

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