Descida dos juros pelo BCE e pela Fed dos EUA é a hipótese mais aceite pelos analistas. Resta saber qual a dimensão da queda.
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Descida dos juros do BCE
Christine Lagarde, presidente do BCE, e Jerome Powell, presidente da Fed Getty images

Há quase meia centena de bancos centrais de todo o mundo que se vão reunir em setembro para decidir o rumo dos seus juros de referência. E as atenções estão especialmente centradas para as decisões do Banco Central Europeu (BCE), bem como da Reserva Federal dos EUA (Fed), a par do Banco de Inglaterra e do Banco do Japão. A expectativa é que haja novos cortes dos juros este mês, aliviando os custos dos empréstimos (habitação) às famílias e empresas.

Depois de o mês de agosto ter sido marcado por 33 encontros dos bancos centrais (onde houve 18 manutenções, 14 cortes e uma subida das taxas protagonizada pelo Banco do Bangladesh), setembro vai ser palco de novas decisões de política monetária que vão impactar a vida dos cidadãos do mundo, bem como dos investidores e empresas.

Ao todo, quase 50 bancos centrais vão reunir-se este mês e decidir o rumo das suas taxas de juro. Estas são algumas das entidades bancárias que estão sob o olho atento dos analistas e investidores, escreve o Expresso:

  • BCE: o regulador europeu liderado por Christine Lagarde vai anunciar a sua decisão a 12 de setembro. E os analistas esperam que haja mesmo um novo corte dos juros (ou pelo menos uma indicação de um alívio da sua política monetária). A expectativa é que possa ainda haver uma descida dos juros do BCE em 75 pontos base até ao final do ano, colocando a taxa de depósitos nos 3%;
  • Fed: dias depois, a 18 de setembro, reúne-se a Reserva Federal norte-americana liderada por Jerome Powell, estando os mercados à espera daquele que será o primeiro corte dos juros nos EUA (maioria dos analistas admitem uma descida de 25 pontos base);
  • Banco de Inglaterra: depois de ter descido os juros em 25 pontos base para 5% no dia 1 de agosto, pela primeira vez em quatro anos, o Comité de Política Monetária deste banco vai voltar a reunir-se a 19 de setembro, havendo uma expectativa de manutenção dos juros (ou até de novo corte);
  • Banco do Japão: volta a reunir a 20 de setembro, com os mercados de olho na votação de um novo aumento dos juros ou na opção por uma pausa.

Além destes bancos centrais, também o Banco Central da Rússia vai reunir-se a 13 setembro esperando-se que suba novamente os juros (que estão em 18%), dada a vaga inflacionista que persiste no país, refere o mesmo jornal. Por outro lado, há uma incerteza quanto à decisão do Banco Central do Brasil: embora a entidade tenha decidido descer os juros em maio, alguns analistas apontam para uma subida das taxas a 18 de setembro, uma vez que a inflação esta acima da sua meta de 3%.

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