
Depois de ter recuado em agosto para 1,9% e de ter subido em setembro para 2,1%, a taxa de inflação homóloga terá voltado a aumentar em outubro dois pontos percentuais (p.p.) para 2,3%. Em causa estão estimativas divulgadas esta quinta-feira (31 de outubro de 2024) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), sendo que os dados definitivos serão conhecidos dia 13 de novembro. Já as previsões do Eurostat para a Zona Euro apontam para que a taxa de inflação homóloga se tenha fixado em 2%.
“Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 2,3% em outubro de 2024, taxa superior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, lê-se no boletim do INE.
Segundo o gabinete nacional de estatísticas, o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado em outubro uma variação de 2,6% (2,8% no mês precedente).
Já a variação do índice relativo aos produtos energéticos ter-se-á situado em -0,2% (-3,5% no mês anterior), sobretudo devido à conjugação do aumento mensal registado neste agregado (1,3%) com o efeito de base associado à redução registada em outubro de 2023 (-2,1%). “A variação do índice referente aos produtos alimentares não transformados aumentou para 2,1% (0,9% em setembro)”, salienta o INE.
Na variação em cadeia, ou seja, em outubro face a setembro, a variação do IPC terá sido 0,1% (1,3% em setembro e -0,2% em outubro de 2023).
Segundo o INE, prevê-se que a variação média nos últimos 12 meses tenha sido de de 2,2%, à semelhança do verificado em setembro.
“O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português terá registado uma variação homóloga de 2,6% (valor idêntico no mês precedente)”, conclui o INE.

Taxa de inflação homologa na Zona Euro sobe para 2%
Entretanto, e segundo estimativas do Eurostat, a taxa de inflação anual na Zona Euro também terá acelerado em outubro, neste caso para 2,0%, face aos 1,7% de setembro.
Segundo o gabinete de estatísticas europeu, a inflação dos serviços é que a deverá apresentar a maior taxa (3,9%, face aos 4,0% de setembro).
A componente da alimentação, álcool e tabaco deverá situar-se nos 2,9% (aumenta em relação aos 2,4% do mês passado), a inflação dos produtos industriais não energéticos deverá fixar-se nos 0,5% (face aos 0,4% registados no mês anterior) e a energia terá descido 4,6% (em comparação com a descida de 6,1% registada em setembro).
Entre os países da moeda única, as maiores taxas de inflação medidas pelo IPHC são estimadas, em outubro, na Bélgica (4,7%), Estónia (4,5%), Croácia e Eslováquia (3,5% cada) e Países Baixos (3,3%).
Em Portugal, a taxa de inflação anual medida pelo IHPC é estimada em 2,6%, o mesmo que em setembro, tal como referido em cima.
*Com Lusa
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