As demolições previstas no projeto da linha de alta velocidade entre o Porto e Oiã são de 236, das quais 185 habitações e 45 empresas, segundo o projeto de execução submetido pelo consórcio AVAN Norte, já em consulta pública.
De acordo com o documento, disponibilizado no portal participa.pt e disponível para consulta pública até 11 de novembro, “no caso de Afetações Diretas no Projeto de Execução”, estão em causa 185 habitações e 45 atividades económicas, “totalizando 230 afetações”.
Segundo o consórcio AVAN Norte (Mota-Engil, Teixeira Duarte, Alves Ribeiro, Casais, Conduril e Gabriel Couto), o número compara com 213 na fase anterior (Estudo de Impacto Ambiental), mas, “na realidade, no caso do EIA deveriam ser contabilizadas 213 + 49 = 262 Afetações contra as 230 Afetações do Projeto de Execução”, defende o agrupamento de empresas.
Em causa estão alterações ao projeto “no Túnel de Mamodeiro (9 afetações), na Zona Industrial de Canelas (5 afetações) e na zona de Grijó/Serzedo (35 afetações), somando, no Estudo Prévio (EIA), 49 afetações temporárias/túneis que, por questões de segurança construtiva, vão obrigar a expropriações temporárias e que, no melhor dos casos, permitirão o regresso posterior dos habitantes/trabalhadores às suas casas/trabalho”.
Porém, tal “não é a situação desejável na perspetiva de que vão estar a viver/trabalhar muito próximos do túnel (20 metros), sujeitos a vibrações durante os mais de 100 anos de exploração” da linha de alta velocidade.
Numa justificação para as diferenças face ao estudo prévio, o consórcio AVAN Norte refere que “as diferenças refletem uma evolução natural do projeto”, em face de uma “escala de trabalho mais precisa (1:1000), permitindo maior rigor técnico”, da “articulação com autarquias, resultando em soluções mais integradas e ajustadas ao território”, da “otimização ambiental e funcional, com racionalização de túneis e viadutos, e aumento de restabelecimentos”.
O consórcio refere ainda a “melhoria da segurança, acessibilidade e conforto, com intervenções como a estação de Gaia à superfície e a requalificação da estação de Campanhã”, e “gestão eficiente de recursos, como o aproveitamento de pedreiras para deposição de terras e a eliminação de estruturas redundantes”.
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