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A missão da ‘troika' em Portugal está no fim e os representantes do BCE, FMI e Comissão Europeia estiveram, esta terça-feira, no Parlamento para lembrar aos deputados que, apesar do fim do programa de ajustamento, a política de austeridade é para manter no futuro, segundo o Diário Económico.

Os responsáveis do Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu reuniram-se com os vários grupos parlamentares, tendo sido este o último encontro no âmbito do programa de assistência financeira, que entrou agora na 12ª e última avaliação.

À saída da reunião, o deputado do PCP, Miguel Tiago dizia "limpa ou não, não há outra saída", citado pelo Jornal de Negócios. Pedro Marques, do PS, seguiu um tom bastante semelhante. "Ficou claro que vamos ter mais cortes, pelos menos aqueles que transformam em permanente o que o Governo sempre disse que era extraordinário". Ainda que não se tenha falado sobre as medidas para 2015, que estarão plasmadas no Documento de Estratégia Orçamental (DEO), "os cortes permanentes, ficou claro que vão acontecer" e "perspectiva-se a ideia de continuidade", com mais austeridade, concluiu o deputado.

E foi também austeridade que o Bloco de Esquerda encontrou nas palavras da troika. "Há uma predisposição para realizar uma pressão muito forte neste sprint final do programa" no sentido de "todos os cortes serem não só garantidos, como aprofundados", explicou Luís Fazenda.

Já Miguel Frasquilho, do PSD, escolheu palavras diferentes para comentar o encontro, salientando sempre o facto de ser o último, mas o tom foi também o de que, apesar de a troika estar de saída, "convém não embandeirar em arco, pois temos um longo e difícil caminho pela frente". Frasquilho não quis falar em cortes, mas afirmou que o seu partido já antes tinha transmitido à troika que "o ajustamento salarial no grosso da economia está feito, é natural que na esfera pública possam ainda surgir algumas medidas, mas que não agravarão a factura".

Cecília Meireles, que também de acordo com o Jornal de Negócios comentou o encontro em nome do CDS-PP, limitou-se a dizer que esta foi a última reunião com a troika, o que significa que "Portugal vai ultrapassar esta página da sua história que não é feliz".

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