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Terrenos serão vendidos em hasta pública, que será feita por um mínimo de 135,7 milhões (Foto: Expresso).

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) decide hoje (dia 24) sobre a hasta pública dos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, que deverá realizar-se em setembro e será feita por um mínimo de 135,7 milhões de euros. Nos mais de quatro hectares haverá comércio, turismo habitação, hotéis, espaços verdes, uma nova rua e uma nova praça.

Segundo o Expresso, o futuro espaço terá usos mistos (comércio, serviços, habitação e turismo), sendo os dois primeiros preponderantes, com uma área não inferior a 60% da superfície de pavimento.  

Nos 42.610 m2 de terreno (mais de quatro campos de futebol), o futuro proprietário poderá construir “uma superfície de pavimento acima do solo com um máximo de 143.712 m2”, refere a publicação, salientando, usando termos definidos pela autarquia, que o projeto é “suscetível” de uma “construção faseada”, pelo que não há prazos definidos para a concretização de qualquer etapa.  

Também sem data, e sem localização conhecida ou sequer admitida, está o futuro da Feira Popular propriamente dita, que foi desativada em 2003.

A base de licitação para a hasta pública foi fixada tendo por referência o cálculo de cinco empresas avaliadoras devidamente certificadas, sendo os 135,7 milhões de euros a média aritmética dos três valores mais elevados. Com a deliberação que será votada hoje, e documentação anexa, fica a conhecer-se, em traços largos, o que será a ocupação do espaço da Feira Popular.

Nas condições de venda dos terrenos saltam à vista novidades sobre o futuro da zona de Entrecampos. A Rua da Cruz Vermelha será prolongada, através de uma via com 30 metros de largura, rasgando o que antes era o espaço uno da Feira Popular e ligando no futuro as avenidas 5 de Outubro e da República. E esta será reperfilada, para garantir um melhor escoamento de trânsito.

Já no novo retângulo que será formado no topo sul da parcela (com a extensão da Rua da Cruz Vermelha), uma parte do terreno ficará liberta de qualquer uso, frente à estação de comboios de Entrecampos, onde será criada uma nova praça, refere o Expresso.

Audição pública antes de uma decisão final

De referir que a aprovação das condições da hasta pública será feita em várias etapas. Esta quarta-feira, salvo uma retirada de última hora da proposta, ela será aprovada, pois os vereadores socialistas e os eleitos pelos Cidadãos por Lisboa detêm uma confortável maioria no executivo municipal. Mas a luz verde ao processo, por se tratar de património com valor superior a 505.000 euros, terá de ser dada pela Assembleia Municipal, o órgão deliberativo do poder local. E antes da decisão formal, os deputados municipais vão promover uma audição pública sobre o assunto, na segunda semana de julho.

De acordo com o Expresso, na corrida à compra do espaço estão vários investidores, entre os quais grupos chineses, que estarão a preparar a sua primeira grande operação do género em Portugal.  

A somar ao valor dos terrenos, o investimento total, com a construção, poderá rondar os 350 milhões de euros. Ou seja, será um dos maiores de sempre em Lisboa.

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