
A compra de bens imóveis continua a ser o critério principal de atribuição de vistos dourados em Portugal, com o investimento em agosto a totalizar mais de 19,6 milhões de euros. E a China continua a liderar as Autorizações de Residência para a atividade de Investimento (ARI), com 1.969 atribuídos desde outubro de 2012 até ao mês passado - mais 12 vistos gold do que em julho deste ano.
Em agosto foram emitidos 35 vistos 'gold', no montante de 21,6 milhões de euros, segundo dados divulgados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e citados pela Lusa. Trinta e três dos vistos 'gold' do mês passado foram concedidos pela compra de imóveis e apenas dois pela transferência de capital (correspondentes a 2 milhões de euros).
Todos estes vistos dourados foram atribuídos segundo as regras antigas, uma vez que as novas alterações só entraram em vigor a 03 de setembro, um dia depois do decreto regulamentar ter sido publicado em Diário da República (DR).
De acordo com os dados disponibilizados pelo SEF na sua página eletrónica, entre 08 de outubro de 2012 e 31 de agosto deste ano, o investimento total resultante de ARI foi de 1.496.193.4778,03 euros, valor que compara com o montante acumulado no final de julho, de 1.474.510.268,48 euros.
A compra de bens imóveis continuou a ser o critério principal de atribuição de vistos dourados, com o investimento em agosto a totalizar 19.683.209,55 euros, enquanto o relativo a transferência de capitais ascendeu a 2.000.000 euros, diz a agência de notícias.
Depois dos chineses, é o Brasil que mais está a investir ao abrigo deste regime, com um total de 89 vistos desde há três anos (mais dois em agosto face ao mês anterior). Em termos acumulados, desde outubro de 2012 foram atribuídos um total de 2.465 vistos 'gold'.
O terceiro lugar vai para a Rússia, que totaliza, em termos acumulados, 86 vistos dourados (mais sete em agosto), seguida da África do Sul (total de 63, mais dois no mês passado) e do Líbano (38, mais dois que em julho).
As alterações à atribuição dos vistos 'gold' surgiram depois da investigação policial 'Operação Labirinto', em novembro do ano passado, que levou à prisão preventiva de cinco de 11 arguidos por alegada corrupção, num processo que culminou na demissão do ministro da Administração Interna do cargo.
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