
Recuperar o interior do emblemático Edifício Cruzeiro, no Monte Estoril, vai custar quatro milhões de euros à Câmara Municipal de Cascais (CMC). Abandonado há várias décadas, o antigo centro comercial Cruzeiro, um dos primeiros do país, vai tornar-se na Academia das Artes do Estoril (AAE), que deverá estar pronta até 2020.
O espaço irá incluir uma sala de espetáculos com mais de 300 lugares, uma escola de teatro, biblioteca e centro de formação de artes audiovisuais e multimédia. Segundo a Lusa, o projeto foi apresentado esta segunda-feira (dia 14) pela autarquia de Cascais, que formalizou também a compra do edifício ao Fundo de Pensões do BPI, por 121.000 euros.
“É uma enorme alegria. Finalmente o Cruzeiro é nosso”, disse o presidente da CMC, Carlos Carreiras, salientando que o futuro do edifício foi aprovado por todos, “sem dividir ninguém”.
A requalificação do imóvel, que estará a cargo do arquiteto Miguel Arruda, prevê que o mesmo tenha três pisos, espaços amplos de circulação e convívio e um parque de estacionamento, mantendo-se toda a fachada exterior do emblemático edifício.
A AAE vai ainda receber todo o espólio do TEC - Teatro Experimental de Cascais, uma vez que a formação de atores ficará a cargo da Escola de Teatro do TEC, que vai trabalhar em colaboração com a autarquia.
Inaugurado em 1951, o conhecido Edifício Cruzeiro foi projetado pelo arquiteto Filipe Nobre de Figueiredo (1913-1989) e a sua implantação urbanística, a semântica do seu desenho e o estatuto comercial fizeram da infraestrutura uma das referências arquitetónicas do concelho de Cascais.
De referir que também o Mercado do Estoril foi adquirido pela CMC ao BPI, pelo mesmo valor que o vendeu há vários anos, 1,9 milhões de euros. O montante poderá ser pago em 10 anos e o futuro do espaço ainda está a ser estudado.
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