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Avenue tem mais 150 milhões de euros para investir até 2020
Empreendimento The Cordon, no coração do Chiado Porta da Frente|Christie's

A promotora imobiliária Avenue investiu, no ano passado, cerca de 100 milhões de euros em sete imóveis. Todos eles transformados em habitação de luxo, com preços entre os 8.000 e os 12.000 euros por metro quadrado (m2). E parece que a promotora se está a preparar para uma nova ronda de aquisições: poderá investir até 150 milhões nos próximos dois anos.

A Avenue nasceu com um objetivo, em 2015: o de comprar imóveis devolutos para posterior reabilitação e transformação em habitação de luxo, escreve o Expresso. Começou com o Liberdade 203, um antigo edifício de escritórios do BES que foi reabilitado e transformado num edifício com 44 casas de luxo e nove lojas de rua. Ainda na Avenida da Liberdade, junto ao ginásio Holmes Place, está agora a finalizar-se a obra de mais um prédio de habitação de luxo com 16 apartamentos. Também a antiga sede do “Diário de Notícias” vai dar lugar a mais 32 apartamentos de topo.

Entretanto, e passados dois anos, a promotora decidiu alargar a sua área de atividade ao Chiado – com o projeto Orpheu XI e The Cordon – e ao Porto, onde o Aliados 107, antiga sede do “Comércio do Porto”, deu lugar a 23 casas de luxo. Todos estes projetos se encaixam “na primeira fase de investimento da empresa”, disse ao semanário o diretor da Avenue, Aniceto Viegas.

Uma primeira fase porque, na verdade, já está prevista uma segunda. “Vamos entrar na segunda fase de aquisição de matéria-prima, que será de 2018 a 2020, e para a qual temos um investimento de mais 100 milhões que poderá chegar a 150 milhões”, acrescentou o responsável.

O objetivo, desta vez, será o de alargar ainda mais a zona de intervenção, afastando-se do centro da capital, e diversificar o tipo de projeto. “Em 2015 sentimos que havia uma dinâmica maior para se fazer habitação para o segmento alto e agora vamos olhar para o mercado de escritórios. É um segmento que a empresa conhece bem e para o qual achamos que haverá procura, porque neste momento não há oferta”, explicou Aniceto Viegas.  

O responsável acredita que vai encontrar novos ativos para investir. “Lisboa é grande e ainda tem muito para fazer. Há muitos prédios em mau estado e mesmo os prédios ocupados são uma opção porque a ocupação é dinâmica. Além disso, nem tudo tem de ser de luxo”, rematou.

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