As associações ZERO e Transparência e Integridade defendem o "menor índice de construção ou mesmo a não construção" na Herdade da Comporta, alegando exigências atuais de ordenamento do território não compatíveis com o que dizem ser projetos imobiliários especulativos.
A associação ambientalista e a associação cívica defendem uma “ocupação mais sustentável do território e em maior consonância com a preservação dos valores naturais, paisagísticos e culturais", e criticam a retirada de uma zona de Reserva Ecológica Nacional das áreas a ocupar pelos projetos na Herdade da Comporta nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola, bem como a inexistência do Plano de Gestão do Sítio da Rede Natura Comporta/Galé.
Este plano é "obrigatório no quadro da legislação nacional e europeia para uma área classificada em termos de conservação da natureza que faz parte da Rede Natura 2000", referem em comunicado, citado pela Lusa, acrescentando que “uma década depois, continua por fazer".
As associações lembram que os projetos dos interessados na corrida à compra da Herdade da Comporta são muito diferentes, uma vez que alguns preveem a "utilização a 100% da área construída com fins turísticos e 100% dos níveis de ocupação permitidos", e que uma outra proposta se "limita a construir apenas 41% numa das Áreas de Desenvolvimento Turístico (ADT2) e 8% na outra (ADT3) ".
A ZERO e Transparência e Integridade, citadas pela agência de notícias, entendem que há alternativas viáveis e defendem que o "critério de venda não deverá ser unicamente o preço, devendo incluir garantias de preservação dos valores naturais, paisagísticos e culturais".
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