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O consórcio que junta a Amorim Luxury (da empresária Paula Amorim) e a Vanguard Properties (do milionário francês Claude Berda) já assinou acordo com a Gesfimo – entidade gestora da Comporta – para a compra dos ativos imobiliários da Herdade da Comporta. Fica a faltar a aprovação dos 87 participantes do fundo vendedor para que desta vez o negócio fique fechado.

O contrato promessa de compra e venda com a sociedade gestora foi celebrado nas instalações da consultora Deloitte, entidade que supervisionou o processo concursal iniciado em 22 de agosto, e que agora deverá ser submetido à apreciação da assembleia geral de participantes do fundo proprietário. O contrato foi assinado esta terça-feira, dia 23 de outubro de 2018, segundo a Lusa.

Amorim aguarda luz verde de 87 participantes

A operação ainda terá de ser validada em assembleia geral pelos participantes do fundo. São 87, no total, de acordo com o regulamento de gestão.  

A reunião deverá realizar-se, segundo o ECO, a 27 de novembro. E só depois da oferta ser comunicada aos participantes é que poderão também ser revelados os valores, que até agora permanecem desconhecidos.

A principal detentora, com 59,09%, é a insolvente Rioforte, antiga sociedade de topo da área não financeira do Grupo Espírito Santo (GES). Segue-se o Novo Banco, com 15,46% das unidades de participação do fundo, sendo que as restantes estão nas mãos de membros ou aliados da família Espírito Santo, segundo o Negócios.

Além disso, a informação terá de transmitida ao Ministério Público, uma vez que os ativos da Comporta foram arrestados pelo Estado português, no âmbito do processo de insolvência do GES. Quer isto dizer que as autoridades têm de dar luz verde ao levantamento do arresto para que estes ativos possam ser vendidos.

Compra dos ativos feita com capitais próprios

O consórcio composto por Paula Amorim e Claude Berda vai utilizar capitais próprios para financiar a aquisição dos principais ativos da Comporta – o fundo tem 1.150 milhões de euros em recursos disponíveis para investir, segundo fonte próxima do Consórcio que falou com o Negócios. Refinanciar com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) – há uma dívida de 120 milhões que continua por resolver –  é uma hipótese, mas só no futuro.

Na última oferta que o Amorim/Vanguard fez à Gesfimo – cujo processo não avançou -, estavam 28 milhões de euros em cima da mesa, a acrescentar o pagamento da dívida perante a CGD.

Comporta vai ter igreja, museu e centro de detox

Golfe e padel, um centro de relaxamento e detox, uma igreja e um museu desenhados por um “conceituado arquiteto”. Estes são algumas das promessas que o consórcio Amorim/Vanguard tem pensadas para a Herdade, segundo ainda o Negócios.

“Um comércio e restauração com elevada autenticidade e qualidade são outros elementos diferenciadores deste projeto", de acordo o documento citado pela publicação.

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