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Novo condomínio nas Caldas da Rainha promovido por 'banco mau' português
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Um novo empreendimento está a nascer nas Caldas da Rainha, por via de um projeto de reabilitação urbana que implica um investimento de 10,5 milhões de euros na reconversão de cinco edifícios inacabados e em avançado estado de degradação. Com 73 novas habitações, diversas lojas e serviços, jardins e piscina, distribuídos por mais de 45.000 m2, o Caldas Terrace está a ser promovido pela Finangeste.

Reclamando para si mesma o título de primeiro 'banco mau' (bad bank) em Portugal, a Finangeste assume-se agora no mercado como uma empresa de recuperação de créditos e gestão de ativos imobiliários. Fundada em 1978 pelo Governo Português, passou a ter como acionistas o Banco de Portugal e um grande numero de bancos portugueses, tendo sido adquirida, em 2015, por um grupo de investidores nacionais e internacionais para concentrar-se no mercado imobiliário português..

O projeto Caldas Terrace, cujo primeiro dos cinco blocos se encontra já concluído, insere-se numa área urbana em renovação, com a criação prevista de novas superfícies comerciais, serviços de saúde, parques, ginásios, entre outros.

Novo condomínio nas Caldas da Rainha promovido por 'banco mau' português
Finangeste

“Este investimento mostra de forma patente o posicionamento da Finangeste enquanto marca dinamizadora e impulsionadora da reabilitação urbana. Ao desenvolvermos este grande projeto nas Caldas da Rainha estamos não só a contribuir para a política de reabilitação que a Câmara Municipal está a implementar, como também a alavancar um empreendimento que, estamos certos, será relevante para a economia e para as famílias da região”, refere a administração da Finangeste em comunicado.

Potencial do mercado e procura da classe média animam Finangeste a investir

Só no segmento imobiliário de carteiras de créditos não produtivos (NPL), o mercado português tem, segundo a Finangeste, mais de três mil milhões de euros em ativos expectantes de intervenção, com potencial comercial após reabilitação superior a 10 mil milhões de euros.

“Estamos certos de que Portugal atravessa um momento extraordinário de desenvolvimento e de oportunidades no setor imobiliário, que se traduz também num grande interesse de investidores institucionais internacionais, parceiros da Finangeste, em investir no nosso país", aponta a empresa, revelando que "a aposta futura da empresa centra-se, sem excluir outras iniciativas de investimento, no ramo imobiliário com a promoção e construção de grandes projetos imobiliários nos setores de escritórios e residencial, até porque a classe média portuguesa continua a evidenciar uma forte procura de casas para as suas famílias e a Finangeste está assim a posicionar-se neste mercado”.

Novo condomínio nas Caldas da Rainha promovido por 'banco mau' português
Paul Henri Schelfhout, administrador da Finangeste Finangeste

Os principais ativos geridos pela Finangeste correspondem a créditos sobre grandes empresas, com garantias hipotecárias ou não; créditos sem garantia; imóveis; projetos imobiliários e participações financeiras em diferentes tipos de sociedade.

A empresa diz ser responsável pela gestão de carteiras de créditos não produtivos (NPL) no valor de 1,2 mil milhões de euros e de ativos imobiliários no valor de 600 milhões de euros, dando a conhecer que dois últimos anos captou cerca de 500 milhões de euros de investimento internacional para o desenvolvimento de projetos imobiliários em todo o país.  

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