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Luz verde para um dos maiores projetos imobiliários do país - serão 2 mil casas na capital
Maquete do empreendimento, que começa a ser construído em 2020 VIC Properties

São 260.000 metros quadrados (m2) de área de construção numa área de aproximadamente 20 hectares. É neste terreno, na Matinha, freguesia de Marvila, Lisboa, que vão nascer mais de duas mil novas casas, naquele que será um dos maiores projetos imobiliários do século em Portugal, segundo a promotora VIC Properties, que adquiriu os referidos terrenos por escritura pública.

Segundo a empresa, as obras devem arrancar no início de 2020, com os trabalhos a serem desenvolvidos ao longo dos anos seguintes.

Luz verde para um dos maiores projetos imobiliários do país - serão 2 mil casas na capital
Maquete do projeto VIC Properties

“Serão criadas diversas infra-estruturas dedicadas ao lazer e aos serviços que vão transformar esta parte da cidade numa zona de excelência para residir, trabalhar ou, simplesmente, visitar. Tal como no Prata Riverside Village, projeto já em curso e da responsabilidade do mesmo promotor, o objetivo é criar um espaço integrado dedicado exclusivamente às pessoas e à sua qualidade de vida”, refere a VIC Properties em comunicado.

"Com o projecto da Matinha, em conjunto com o Prata Riverside Village, a VIC Properties vai colocar no mercado mais de 2.700 novas habitações"
João Cabaço, co-CEO da VIC Properties

“Com esta aquisição, e tendo em conta a construção do Parque Ribeirinho Oriente, a VIC Properties vai também ligar o Parque das Nações ao Prata Riverside Village, prosseguindo a sua missão de requalificar uma parte da cidade que há muito se encontra estagnada”, lê-se no documento.

João Cabaça, co-CEO da VIC Properties, diz que a construção deste “empreendimento é também uma resposta à escassez de novas habitações em Portugal”, um problema que afeta sobretudo a capital. “Com o projecto da Matinha, em conjunto com o Prata Riverside Village, a VIC Properties vai colocar no mercado mais de 2.700 novas habitações”, adianta o responsável.

Luz verde para um dos maiores projetos imobiliários do país - serão 2 mil casas na capital
Vista panorâmica atual dos terrenos VIC Properties

Luís Gamboa, COO da VIC Properties, revela que a empresa ambiciona “ser um promotor de referencia” e que “vai dar prioridade às medidas de sustentabilidade ambiental, prevendo iniciar o mais rapidamente possível os trabalhos de descontaminação dos solos dos terrenos da Matinha, recuperando-os e garantindo o nível adequado de protecção de saúde publica e ambiental”. 

De referir que a VIC Properties, que está sediada em Lisboa, assume ter “vasta experiência em grandes projetos de desenvolvimento”, sendo “uma plataforma imobiliária totalmente integrada, que cobre toda a cadeia de valor do processo de construção”.

“A VIC Properties atua desde o momento de identificação dos terrenos, durante a fase de planeamento, até à construção e venda, bem como a administração da propriedade e os serviços asociados”, refere a empresa, salientando que concluiu com sucesso, em abril, a emissão de 250 milhões de euros em Obrigações Convertíveis Garantidas (“Secured Pre-IPO Convertible Bonds”), numa operação que precede a admissão da empresa no mercado bolsista.

Luz verde para um dos maiores projetos imobiliários do país - serão 2 mil casas na capital
Vista panorâmica atual dos terrenos VIC Properties

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1 Comentários:

Rui Silva
1 Julho 2019, 2:26

Pois bem, o que o Idealista não diz é que este foi um projecto realizado pelo atelier de arquitectura Risco entre 2005-2011, atelier que foi propriedade de Manuel Salgado entre 1984-2007. O projecto urbanístico foi portanto começado com Manuel Salgado ainda como director do atelier. Em 2007, Manuel Salgado deixa a direcção do atelier Risco, delegando a empresa ao seu filho Tomás Salgado e assumindo na sequência a função de vereador pelo pelouro do Urbanismo e Planeamento Estratégico da Câmara Municipal de Lisboa. O projecto é então concluído pelo filho, Tomás Salgado e consequentemente aprovado pela CML em 2015 sobe a alçada de Manuel Salgado. Não fosse esta história já indiciar promiscuidades a mais, note-se ainda que o projecto foi encomendado pela Gesfimo - Espírito Santo Irmãos SA e financiado pelo GES (sim, o infame Grupo Espírito Santo), dirigido por Ricardo Salgado, primo-irmão de Manuel Salgado. Portanto... idealizam, projectam, financiam e aprovam.

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