Projeto está “nas mãos” da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos e de um grupo privado ligado à saúde.
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Vila de Arruda dos Vinhos vai ter um Campus da Saúde – custará 20 milhões de euros
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Lusa

A Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos e um grupo privado ligado à saúde vão construir um Campus da Saúde na vila do distrito de Lisboa. Em causa está um investimento de cerca de 20 milhões de euros, disse esta quarta-feira (18 de novembro de 2020) o provedor, Carlos Lourenço, acrescentando que o mesmo vai criar 100 postos de trabalho diretos. O nome do parceiro privado não foi, no entanto, revelado.

O Campus da Saúde, a construir em terrenos da Santa Casa da Misericórdia, junto ao seu antigo hospital, vai ter consultas de especialidade programadas, meios complementares de diagnóstico, hospital de dia, internamento hospitalar com 16 camas, bloco operatório e atendimento complementar, escreve a Lusa.

“Há necessidade porque o concelho e a região estão a crescer, há essa falta de serviços em Arruda dos Vinhos e nos concelhos limítrofes, cuja população tem de se deslocar a Torres Vedras, Vila Franca de Xira ou Lisboa”, justificou Carlos Lourenço.

O projeto prevê também uma unidade de cuidados continuados, com 80 camas. “Hoje temos uma rede de cuidados continuados com 30 camas, mas não chegam”, referiu o provedor.

Os dois promotores apresentaram este mês um pedido de informação prévia à autarquia com o intuito de verem a viabilidade do projeto, confirmou o presidente da autarquia, André Rijo.

Uma vez que o projeto não respeitaria as regras do Plano Director Municipal (PDM), ao prever um edifício de quatro pisos para aquela zona, o autarca decidiu levar à reunião de segunda-feira do executivo municipal uma proposta para suspensão parcial do PDM e outra de interesse público ao projeto, que foram aprovadas por unanimidade.

“É um projeto absolutamente estratégico, vital e interessante para o concelho”, justificou André Rijo, que disse estar “ao lado da Misericórdia” para a concretização do investimento.

“A concretizar-se, poderá representar um ganho extraordinário para a saúde do concelho e na atracção de profissionais qualificados”, sublinhou. Disse, contudo, que “alguns dos impactos vão ter de ser minimizados” no projeto.

Na proposta de interesse público, a autarquia refere que a população de Arruda dos Vinhos tem vindo a crescer e não existe uma oferta local a nível de saúde estruturada e com capacidade diferenciada, nomeadamente na área da cirurgia, atendimento permanente e de meios complementares de diagnóstico.

As duas propostas vão ser submetidas à Assembleia Municipal, que deverá reunir-se no dia 30, e depois à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT).

Até junho de 2021, os promotores estimam submeter o projeto de arquitetura à aprovação da câmara, se a suspensão parcial do PDM for aprovada pela CCDRLVT, para, após aprovação, iniciar a construção, cujo prazo de execução é de ano e meio.

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