A UE foi o único destino do investimento aplicado em ativos imobiliários pelos três tipos de fundos, segundo os dados da CMVM.
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Arranque do ano tremido para os fundos imobiliários – em março geriram menos 0,4%
Imagem de Albrecht Fietz por Pixabay

Depois de 2020 apresentar subida dos montantes geridos pelos fundos imobiliários portugueses, o arranque do ano não parece ser tão animador, com março a registar uma descida de 0,4% face a fevereiro. Isto quer dizer que o valor conjunto sob gestão dos fundos de investimento imobiliário (FII), dos fundos especiais de investimento imobiliário (FEII) e dos fundos de gestão de património imobiliário (FUNGEPI) foi reduzido em 46,5 milhões de euros, fixando-se agora num total de 10.757 milhões de euros.

Analisando cada tipo de fundo, os dados divulgados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) relativos a março, mostram que o montante investido nos fundos de investimento imobiliário desceu 0,4% para 7.947,7 milhões de euros. Mas note-se que março marcou a liquidação do fundo Imomar, gerido pela Caixa Gestão de Ativos, reduzindo o número de fundos contabilizados nesta categoria de 110 para 109. Nos FEII, o valor recuou 0,6% para 2.393,7 milhões de euros e nos FUNGEPI desceu 0,1% para 415,6 milhões de euros.

O mesmo documento refere que, no período em análise, os países da UE foram o destino da totalidade do investimento aplicado em ativos imobiliários, pelos três tipos de fundos imobiliários. Na atividade dos FI e FEII concentrou-se no setor dos serviços em 47,2%, enquanto o comércio representou 24%. Os investimentos realizados pelos FUNGEPI destinaram-se sobretudo ao setor do comércio (46,1% do total) e também dos serviços (44%).

Este mês, a atividade da Interfundos valeu-lhe 12,2% da quota de mercado. A Square AM arrecadou 11,4% e a Caixa Gestão de Ativos 9%. Estas entidades são as que detinham as quotas de mercado mais elevadas, salienta a CMVM.

Os fundos de investimento imobiliário abertos mais rentáveis são …

Em março, os fundos de investimento imobiliário abertos – que incluem os de rendimento e acumulação -, geriram no seu conjunto 3.787 milhões de euros, mais de 35% do total apurado por todos os tipos de fundos, revela a mais recente análise publicada pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP).

Entre março de 2020 e março de 2021, os fundos abertos de acumulação tiveram uma rentabilidade média de 1,83%. Neste grupo destaca-se o fundo AF Património Imobiliário gerido pela Interfundos com uma rentabilidade anual de 4,72% e nível 2 de risco (entre 0,5% e 2%), seguido do CA Patrimonio Crescente da Square Asset Management, com este indicador a marcar os 3,34%, e um risco menor: de nível 1, isto é, entre 0% e 0,5%.

Neste período, os fundos abertos de rendimento tiveram uma rentabilidade média na ordem dos 2,2%, revelam os dados da APFIPP. Nesta categoria, destaca-se o Fundimo gerido pela Caixa Gestão de Ativos, com uma rentabilidade anual de 4,79% e com um risco nível 1. Em segundo, está o fundo da Silvip, o denomiando VIP, cuja rentabilidade anual se fixou em 3,81%, apresentando também o nível de risco mais baixo.

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