Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da autarquia, revelou que se trata de uma "reabilitação funcional" e que será mantida a traça.
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Câmara de Gaia será reabilitada e obras custarão 3,8 milhões
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Lusa

A reabilitação dos Paços do Concelho de Vila Nova de Gaia vai custar 3,8 milhões de euros e deverá estar concluída em meados de 2024, mantendo a traça original, revelou esta segunda-feira (22 de novembro de 2021) o presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues.

Em declarações no final da reunião do executivo onde foi aprovada por unanimidade avançar com o procedimento concursal, o autarca do PS revelou que as obras vão implicar “a saída das 70 pessoas que trabalham no edifício” durante os “cerca de dois anos que deverá durar a obra”.

“É uma reabilitação funcional, mantendo a traça. Este é um edifício icónico de Gaia, desenhado pelo arquiteto Oliveira Ferreira. Toda a parte tecnológica, de fios, está num processo de degradação acentuado”, salientou o líder autárquico.

"Reabilitação demorará cerca de dois anos"

Salientando que “durante anos foram feitas obras de manutenção que violaram a originalidade do edifício”, exemplificando-o ao apontar para o piso do salão nobre que “nunca teve uma madeira clarinha”, Eduardo Vítor Rodrigues reiterou a vontade de “reabilitar integralmente” o edifício.

“A reabilitação demorará cerca de dois anos e prevejo que esteja concluída em meados de 2024, porque o que fizemos hoje foi lançar o concurso e ainda há procedimentos até que se consiga iniciar as obras”, disse.

Uma vez concluída a obra, assinalou o autarca, no edifício continuarão a funcionar os mesmos serviços que ele detém no presente.

Outras decisões tomadas na reunião

Na reunião e também por unanimidade, o município rejeitou a delegação de competências na área da ação social, ao mesmo tempo que aprovou um suplemento de 3,36 euros de penosidade e insalubridade a todos os funcionários da autarquia com retroatividade a 01 de janeiro de 2021.

Neste ponto, o PSD absteve-se, explicando o vereador Cancela Moura não estar contra a atribuição do suplemento, mas por “discriminar os trabalhadores que trabalham para a autarquia em empresas externas”.

O PSD votou contra o acordo de cooperação do município com as empresas de comunicação social do concelho “no montante de 270 mil euros e válidos por quatro anos”, por entender, referiu Cancela Moura, “que pode interferir na liberdade de imprensa” daqueles títulos na relação com a autarquia, argumento rebatido pelo presidente da câmara.

“A imprensa é um instrumento poderoso da democracia. Não entendo que seja por aqui que esteja posta em causa a sua isenção”, respondeu.

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