
Apesar das correntes de incerteza, e dos mercados seguirem as diferentes velocidades, há segmentos do imobiliário que continuam a evidenciar alguma dinâmica. É o caso do setor hoteleiro que, na Península Ibérica, mantém atratividade para quem investe. Entre Portugal e Espanha, Lisboa aparece como a quarta cidade mais apelativa para novos hotéis.
Esta é uma das principais conclusões do estudo ‘Hotel Operator Beat’ desenvolvido pela Cushman & Wakefield Hospitality para a Península Ibérica, que coloca as cidades espanholas de Málaga, Madrid e Barcelona nos três primeiros lugares do pódio, respetivamente. Para a elaboração do relatório, foram entrevistados 42 diretores de empresas hoteleiras que representam mais de 1.100 hotéis na Península Ibérica. De acordo com os dados do estudo:
- o mercado hoteleiro urbano de Málaga é o mais atrativo da Península Ibérica (4,3 em 5), seguido de Madrid (4,2), Barcelona (4) e Lisboa (3,9);
- as duas cidades que mais cresceram em termos de atratividade para os operadores, em relação ao ano passado, foram Andorra e San Sebastián, ambas com mais 7%. Embora o total de San Sebastián (3,7) seja consideravelmente superior ao de Andorra (2,5).

“Os resultados obtidos confirmam, sobretudo, a apetência da Península Ibérica para a prática do turismo, consagrando-se na vontade de operadores e investidores em aumentar a sua exposição aos diferentes mercados. A diversidade de oferta de lazer, de resort e urbana, complementa-se e cria vantagens competitivas face a outros destinos turísticos”, comenta Gonçalo Garcia, Head of Hospitality da Cushman & Wakefield Portugal, citado num comunicado enviado às redações.
“No que diz respeito aos destinos de férias, as respostas revelam um grande interesse pelos destinos de sol e mar, com Maiorca a liderar o ranking. O Algarve, enquanto destino de sol e mar por excelência, enquadra-se no patamar de interesse com Tenerife, Gran Canária e Costa Brava. As ilhas espanholas reuniram a preferência dos operadores para destinos de resort”, lê-se ainda no documento.

Outros destaques do ‘Hotel Operator Beat’:
- Ilha de Maiorca lidera a classificação dos destinos de férias mais atrativos, seguida da Costa del Sol e Ibiza;
- Operadores hoteleiros consideram que os hotéis de luxo e resorts vão ter excelentes resultados este ano;
- Desde o ano passado, mais 33% dos operadores ofereceram modelos de contratos híbridos, que incluem rendas fixas e rendas variáveis;
- 56% dos operadores entrevistados afirmam que poderiam assumir rendas mais elevadas nos hotéis que cumprem os mais exigentes critérios em matéria de ESG;
Projetos a recuperar no pós-pandemia
Relatório indica que 36% dos inquiridos não registam qualquer atraso no desenvolvimento de novos projetos hoteleiros. Este facto, analisa a consultora, “demonstra a recuperação da atividade na Península Ibérica, uma vez que a maioria dos projetos foram interrompidos ou sofreram atrasos significativos durante a pandemia”.
Quando questionados sobre as razões para os atrasos ou cancelamentos de novos projetos hoteleiros, 62% dos inquiridos afirmaram que tal se devia ao aumento dos custos do projeto. As dificuldades de financiamento ou a incerteza económica, em 45% e 38% dos casos, foram outras razões apontadas para estes atrasos
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