O mercado imobiliário português continua a dar provas de resiliência, mas com alguns “sinais de abrandamento”, segundo a B.Prime. A consultora aponta ainda para a manutenção de rendas altas devido à falta de oferta.
Segundo a mais recente atualização do Prime Watch, no mercado de escritórios, “a pouca oferta (de qualidade) disponível, continua a contrair a atividade das empresas que muitas vezes se mantêm nas suas respetivas localizações, porque não têm alternativas. Para além desta componente, há uma efetiva diminuição da procura que deverá traduzir-se numa estabilização das rendas”.
O relatório destaca ainda a dinâmica do setor, que “continua em alta”, o que se traduz na promoção de diversos projetos que estão em construção, mas que já estão parcialmente ocupados, “o que vem comprovar que este desequilíbrio entre procura e oferta continua a reforçar o peso que os pré-arrendamentos continuam a ter”.
No segmento logístico o “diagnóstico é idêntico”, mas nesta indústria o volume de take-up é “bastante mais acentuado” - no 1º semestre deste ano teve uma performance 93% superior, comparativamente ao período homólogo.
Já no retalho, o estudo aponta para uma inversão de posicionamento, em que o “presencial recupera terreno”. Espaços maiores e que permitem uma maior interatividade têm sido uma constante no comércio de rua e nos centros comerciais, para além de um incremento contínuo no retalho alimentar que continua a apostar na sua rede de proximidade, de acordo com a consultora.
A performance do mercado de investimento tem sido positiva e registou 691 milhões no volume de negócios. No entanto, o Prime Watch aponta para uma “quebra de atividade de cerca de 30% até ao final do ano de 2023”.
“Apesar de um primeiro semestre em que a atividade abrandou, seja no investimento, seja na colocação de escritórios, estamos convencidos que no final do ano haverá uma aceleração no volume de negócios que vai permitir que haja uma compensação desta quebra. Esta performance no final do ano deverá estender-se ao início de 2024, tendo em conta a estabilização de alguns fatores de incerteza que limitaram a atividade, como a inflação ou as taxas de juro”, comenta Jorge Bota, managing partner da B.Prime, citado em comunicado.
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