Patrícia Barão, Head of Residential da JLL, considera “essencial atuar ao nível dos incentivos à promoção imobiliária” em 2024.
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Patrícia Barão sobre o simplex urbanístico
Patrícia Barão, Head of Residental da JLL Crédito: JLL

Em 2024, os preços de habitação, as rendas de imobiliário de escritórios, retalho e industrial e logística, bem como das diárias da hotelaria, devem manter os níveis de 2023 ou até apresentar uma evolução positiva em alguns segmentos. Esta é uma das conclusões a retirar do estudo Market 360º, divulgado anualmente pela JLL. Para Patrícia Barão, Head of Residential da consultora, não há dúvidas de que é “essencial atuar ao nível dos incentivos à promoção imobiliária”, sendo este um setor de grandes oportunidades. “Temos a expectativa que o simplex possa ser um catalisador de mudança”, afirma.

“O segmento de maior desafio continua a ser o da promoção imobiliária, onde existe um vasto leque de oportunidades devido à escassez transversal de oferta e um interesse acrescido de promotores e investidores, mas onde persistem obstáculos importantes em termos de licenciamento e burocracia”, refere a consultora em comunicado.

“Este ano, o setor imobiliário continuará a ser também marcado pelas exigências a nível de ESG quer na promoção e investimento, quer na ocupação e manutenção de imóveis. As eleições legislativas marcadas para março [dia 10] contribuem como um fator adicional de incerteza para o mercado”, acrescenta. 

"Há muito interesse de promotores e investidores em desenvolver novos imóveis, inclusive em cidades secundárias. Contudo, é necessário desbloquear obstáculos, especialmente a nível dos prazos de licenciamento e da carga burocrática (...). Temos a expectativa que o simplex urbanístico possa ser um catalisador de mudança neste sentido"
Patrícia Barão, Heaf of Residential da JLL

Citada na nota, Patrícia Barão considera que a “melhoria do contexto macroeconómico [inflação mais controlada e não aumento das taxas de juro], associado à qualidade intrínseca do imobiliário português e à sua consolidação internacional, abrem perspetivas para um ano de atividade sólida nos diversos segmentos”.

Já Joana Fonseca, Head of Strategic Consultancy & Research da consultora, indica que a empresa prevê “que o investimento comercial em 2024 termine em linha com 2023, mas que a ocupação de escritórios aumente pelo crescimento da área média dos negócios perspetivadas para este ano e que o número de casas vendidas possa subir uma vez que o maior ajustamento do mercado parece ter já ocorrido”. 

Patrícia Barão vai mais longe, sublinhando que é “essencial atuar ao nível dos incentivos à promoção imobiliária”, sendo este um setor de grandes oportunidades. “Há muito interesse de promotores e investidores em desenvolver novos imóveis, inclusive em cidades secundárias. Contudo, é necessário desbloquear obstáculos, especialmente a nível dos prazos de licenciamento e da carga burocrática, fazendo com que a promoção imobiliária latente possa vir para o mercado, gerando mais produto e mais diversificado em termos de localização, vocação e gama de preços. Temos a expectativa que o simplex urbanístico possa ser um catalisador de mudança neste sentido”, remata.

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