Município de Évora quer transformar os antigos celeiros da EPAC num espaço renovado e funcional para associações culturais.
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Câmara Municipal de Évora
Vitor Oliveira CC BY-SA 2.0 Creative commons
Lusa
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A Câmara de Évora quer avançar com a reabilitação dos antigos celeiros da EPAC - Empresa Pública de Abastecimento de Cereais, que alberga atualmente três agentes culturais, num investimento de 2,5 milhões de euros, revelou no dia 21 de julho de 2025 o presidente do município.

Em declarações à agência Lusa, o autarca de Évora, Carlos Pinto de Sá, indicou que a intervenção tem financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e visa resolver problemas existentes na estrutura do edifício.

“É um projeto já feito há muitos anos, mas que tem vindo a ser atualizado para poder responder às novas exigências legais. Agora, apareceu a possibilidade de financiamento através do PRR e estamos a tentar aproveitar”, referiu.

O município alentejano já lançou o concurso público simplificado para a empreitada, tendo o anúncio sido publicado no Diário da República (DR) na semana passada.

Segundo o respetivo anúncio, o valor base do procedimento é de 2.252.786,31 euros sem Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), enquanto o prazo de execução da obra é de 11 meses.

Em declarações à Lusa, o presidente da câmara salientou que, juntando o valor do IVA e de “alguns acertos” necessários, o valor da empreitada subirá para 2,5 milhões de euros.

Pinto de Sá realçou que, com a reabilitação, o edifício ficará em condições de acolher mais associações, além das três que já ocupam o espaço. Atualmente, o edifício alberga o Grupo Cantares de Évora, a associação PédeXumbo e a companhia Bruxa Teatro.

“Há espaços do edifício que não estão a ser utilizados porque não têm condições e, portanto, nós não queremos correr riscos, mas, após a obra, ganhamos espaço e haverá a hipótese de melhorar os espaços atuais e de receber mais agentes”, assinalou.

De acordo com o autarca, o Grupo Cantares de Évora já está instalado provisoriamente noutro espaço e, em relação aos outros dois agentes culturais, já lhes foram sugeridas alternativas “para, durante o período da obra, poderem manter a sua atividade”.

“A ideia é que, quando a obra estiver concluída, possam voltar à sede que têm naquele edifício”, frisou.

Quanto ao início da empreitada, Pinto de Sá avisou que, ultimamente, têm existido dificuldades para encontrar empresas interessadas em fazer obras e, mesmo encontrando, “os concursos públicos são sempre incertos”, devido a possíveis reclamações.

“Eu gostaria que, no máximo, dentro de três meses a obra pudesse avançar”, reconheceu.

Este é o primeiro projeto da autarquia a avançar para concurso público com o financiamento de 26 milhões de euros para a requalificação do património da cidade, no âmbito da Capital Europeia da Cultura, que resultou da reprogramação do PRR.

Além do edifício dos antigos celeiros da EPAC, acrescentou Pinto de Sá, também obtiveram financiamento projetos da Câmara de Évora para o Rossio de São Brás, Arquivo Fotográfico e Convento dos Remédios, entre outros.

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