Kempinski Laje de Pedra, no Brasil, prepara fundo imobiliário para investidores no setor do retalho e alta rentabilidade.
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Kempinski Laje de Pedra
Kempinski Laje de Pedra, Brasil Fonte: Imagem retirada do site oficial do Hotel Kempinski Laje de Pedra

O mercado de hotelaria de luxo no Brasil prepara-se para receber um novo fundo imobiliário ligado ao Kempinski Laje de Pedra Hotel & Residences, em Canela, Rio Grande do Sul. Inaugurado no final dos anos 1970, o hotel tem relevância histórica, tendo sido palco de festivais de música, eventos políticos e a assinatura do Tratado do Mercosul

O empreendimento passou por um retrofit completo e renasce agora sob a gestão do grupo europeu Kempinski. Segundo os responsáveis, a operação combinará venda de unidades e gestão hoteleira, com parte dos apartamentos incorporada a um FII voltado à geração de rendimento.

De acordo com José Paim, fundador da Rossi e um dos idealizadores do projeto, “provavelmente teremos um FII aqui. Queremos abrir oportunidade para que o investidor pessoa física participe de uma operação de renda alta e rentabilidade consistente”, explicou ao InfoMoney. O empresário sublinha que, embora os fundos imobiliários no Brasil ainda tenham pouca exposição à hotelaria, o segmento oferece potencial elevado de retorno. 

“No exterior, os REITs de hotelaria são gigantescos. No Brasil, é algo novo e com poucos exemplos. O fundo tem uma grande vantagem porque é isento de imposto de renda e tem liquidez”, acrescentou.

A Serra Gaúcha apresenta-se como cenário ideal para este tipo de investimento. José Ernesto Marino Neto, especialista em investimentos hoteleiros e sócio do Kempinski, destaca que a região possui maturidade de mercado, procura turística estável e regras urbanísticas que limitam a expansão desordenada. 

“Gramado e Canela têm um controlo rígido sobre novos projetos, o que impede excesso de oferta. É por isso que o metro quadrado em Gramado já parte de 19 mil reais (3.043 euros à taxa de câmbio atual), nível de imóvel de luxo em grandes capitais”, revelou ao mesmo meio de comunicação. Com quase 10 milhões de visitantes por ano, a região mantém ocupação elevada mesmo fora da alta temporada.

O conceito de propriedade compartilhada é outro atrativo do fundo imobiliário. Os investidores poderão adquirir frações do imóvel, com direito a semanas de uso e possibilidade de rentabilização. 

No Kempinski Laje de Pedra, cada fração corresponde a cerca de 25% do apartamento e custa aproximadamente 500 mil reais (80.150 euros), permitindo ao proprietário seis semanas de estadia anuais. “O que estamos a ver é a consolidação de um conceito que une exclusividade e acesso. Quando não está presente, a unidade pode ser colocada para locação, recebendo a renda proporcional”, explica Marino Neto. 

A rentabilidade estimada para esta operação é de cerca de 12% ao ano, colocando o Brasil num patamar competitivo no mercado global de hotelaria de luxo.

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