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População ativa cresce pela primeira vez desde 2008
Studio Republic/Unsplash

A população ativa em Portugal Continental cresceu 0,8% entre 2016 e 2017, o primeiro aumento desde 2008. Segundo o relatório sobre Emprego e Formação Profissional, o crescimento verificado foi mais significativo na população ativa feminina e no escalão etário dos 55 aos 64 anos (mais 6,2%).

Em termos setoriais, a população empregada na indústria, construção, energia e água (25,3% do total) cresceu mais (4,2%) do que a população empregada nos serviços (68,5% do total, com um crescimento de 3,8%), enquanto o emprego na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca que representava 6,2% do emprego, registou um decréscimo de 5,4% face a 2016.

O estudo destaca ainda o crescimento do emprego nas atividades de saúde humana e apoio social, que foi contínuo na última década, tendo aumentado em cerca de 120.000 pessoas entre 2008 e 2017.

De acordo com o sumário executivo do relatório sobre Emprego e Formação Profissional, que será divulgado esta terça-feira (26 de junho) pelo Centro de Relações Laborais (CRL), a taxa de atividade portuguesa mantém-se em níveis superiores aos verificados na União Europeia (UE), mas nos escalões mais jovens registou um decréscimo sistemático desde 2008 (40,9%) até 2017 (34%), enquanto na UE estabilizou em torno dos 42%.

População inativa a diminuir

A população inativa tem vindo a decrescer e, em 2017, tinha menos 44.000 pessoas do que no ano anterior, sendo esta redução a primeira na última década. Segundo o estudo do CRL, os inativos “disponíveis que não procuram emprego”, no Continente, eram cerca de 195.000 pessoas, ou seja, 5,6% do total dos inativos, número este que decresceu 9,6% entre 2016 e 2017.

O relatório, citado pela Lusa, refere ainda que o volume de emprego em 2017 atingiu o nível mais elevado dos últimos sete anos, ultrapassando o valor observado em 2011 em mais de 10.700 pessoas. Durante 2017, com mais 143.000 empregados, o emprego cresceu o triplo do aumento observado em 2016, mais 54.000, tendo aumentado de forma semelhante para ambos os sexos.

A análise do CRL lembra ainda que em 2017 estavam desempregadas 438.000 pessoas, o que representa um decréscimo de 19,3% (menos 104,7 mil pessoas) relativamente ao ano anterior.

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