
O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) vai começar a divulgar ofertas de trabalho em Portugal no estrangeiro. O anúncio foi feito no pelo ministro da Economia, explicando Pedro Siza Vieira, no Parlamento, que o objetivo é colmatar a falta de mão-de-obra que existe atualmente no mercado nacional, captando recursos humanos lá fora para trabalhar no país.
“A falta de mão-de-obra é a principal preocupação dos empresários em todas as regiões e em quase todos os setores”, declarou o governante, numa audição na comissão de Economia, na semana passada, prometendo que para colmatar essas falhas o Executivo socialista de António Costa está a trabalhar para captar mais trabalhadores lá fora.
Uma das medidas avançadas passa por o IEFP “publicitar ofertas de empresas em Portugal”, referiu aos deputados, segundo conta a Lusa. Já no fim da audição, em declarações à mesma agência de notícias, Siza Vieira explicou que “a ideia é fazer chegar as ofertas de emprego ao exterior”, seja a locais “onde se concentrem comunidades portuguesas”, seja noutros locais onde “seja possível encontrar mão-de-obra para vir trabalhar em Portugal”.
Tal não passa, de acordo com o ministro, por abrir escritórios de representação do IEFP lá fora, escusando-se a adiantar mais detalhes sobre como este programa vai funcionar.
Via verde nos vistos de trabalho
Por outro lado, também no âmbito desta mesma audição parlamentar, o ministro adiantou que o Governo está a trabalhar para “conseguir aligeirar, simplificar os processos de vistos” para ser mais fácil estrangeiros trabalharem para Portugal. O governante exemplificou com a flexibilização do programa tech visa, para atração de trabalhadores qualificados.
Siza Vieira considerou que a recuperação dos salários que se tem observado nos últimos anos não é ainda suficiente e que é necessário fazer mais para reter e atrair recursos humanos. “Se há seis ou sete anos os portugueses partiam porque não tinham emprego, hoje continuam a partir, embora muito menos, porque não encontram condições de trabalho e salários adequados às suas qualificações e justas aspirações”, referiu ainda citado pela Lusa.
“Ou conseguimos encontrar uma forma de o nosso tecido empresarial tratar adequadamente os nossos recursos humanos, designadamente ao nível remuneratório, ou então vamos confrontar-nos com a indisponibilidade de recursos humanos”, rematou.
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