Das pessoas que continuam em teletrabalho cerca 80,4% mostram interesse em continuar neste regime, mostra um estudo do Observatório da Sociedade Portuguesa.
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Maioria dos portugueses em teletrabalho quer continuar neste regime, diz estudo
Imagem de janeb13 por Pixabay
Lusa

O teletrabalho passou a fazer parte da vida de muitos portugueses em março do ano passado, quando foi declarada a pandemia da Covid-19. E agora, um ano depois, a maioria dos portugueses que está a trabalhar a partir de casa assim quer continuar. Esta é uma das conclusões a retirar do estudo levado a cabo pelo Observatório da Sociedade Portuguesa, da Universidade Católica em Lisboa, que foi divulgado esta segunda-feira (dia 31 de maio de 2021).

Neste estudo participaram mil pessoas, que foram inquiridas entre 27 e 30 de março. Destas, apenas 41,4% continuavam em teletrabalho, mas a grande maioria disse preferir manter-se nessa situação ou num regime misto. Os resultados referem que, em concreto, “80,4% dos participantes mostram-se interessados ou muito interessados em continuar no regime de teletrabalho”. E revelam ainda que 77,9% dos portugueses gostava de trabalhar a partir de casa até quatro dias por semana.

As pessoas que ainda se encontram em teletrabalho concordam que têm conseguido gerir o seu trabalho de forma autónoma, mas referem uma “diminuição da perceção de qualidade das condições de trabalho”, aponta o estudo a que a agência Lusa teve acesso.

Há confiança nas vacinas

Procurando perceber o impacto da pandemia da Covid- 19 na vida dos portugueses, este estudo analisou também os níveis de satisfação em relação às medidas de restrição e de desconfinamento, à vacinação e ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os hábitos de consumo dos portugueses.

Em relação à vacinação contra a Covid-19, o estudo mostra que 69,5% dos inquiridos tencionam ser vacinados e a maioria acredita tanto na proteção conferida pela vacinação (82,2%), como confia nas próprias vacinas (69,1%).  

Ainda assim, cerca de metade dos inquiridos (51,9%) considera que há vacinas mais seguras do que outras e a minoria que ainda está indecisa acerca da vacinação (17%) ou não tenciona ser vacinado (6,4%) justifica a sua posição, sobretudo, com o receio dos efeitos secundários ou a descrença na eficácia da vacina.

Quanto às entidades envolvidas no combate à pandemia, os resultados do inquérito apontam uma satisfação “bastante elevada” quanto à prestação dos médicos, enfermeiros e técnicos auxiliares do SNS.

Confiança moderada no desconfinamento

Sobre o desconfinamento, cuja primeira fase arrancou em 15 de março, apenas cerca de metade dos inquiridos reportou níveis de concordância com o momento da implementação das medidas, sendo que pouco menos de metade (44,9%) defende, por exemplo, que a venda ao postigo no comércio não essencial deveria ter sido permitida mais cedo, à semelhança de livrarias e bibliotecas (45,9%). Já o levantamento da proibição das deslocações para fora do território continental deveria ter acontecido mais tarde para 46,8% dos inquiridos. Para a segunda, terceira e quarta fases, mantém-se a mesma tendência, com cerca de metade dos participantes a concordarem com os prazos definidos para ambas.

Em relação aos padrões de consumo, o estudo conclui que “os portugueses acreditam que no período pós-pandemia irão voltar a consumir apenas moderadamente, em relação à forma como o faziam antes da pandemia”, mas manifestam a intenção de começar a consumir produtos mais saudáveis e sustentáveis.

O relatório refere ainda que, um ano após o início da pandemia da Covid-19 em Portugal, os portugueses estão mais otimistas em relação ao futuro e sentem-se mais relaxados, contentes e calmos, e menos preocupados, ansiosos e tensos.

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