No 2º trimestre, o número de pessoas empregadas cresceu 0,8% face ao mesmo trimestre de 2019. Taxa de desemprego fixou-se em 6,7%.
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Desemprego desce e já há mais pessoas empregadas que em 2019
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Os mais recentes indicadores relativos ao emprego em Portugal são animadores, sendo possível antever que o país está a regressar aos níveis pré-pandemia. No segundo trimestre deste ano, o número de pessoas empregadas cresceu 0,8% face ao mesmo trimestre de 2019 e a taxa de desemprego fixou-se em 6,7%, menos que no trimestre anterior (7,1%), mas mais 1% e 0,3% que nos trimestres homólogos de 2020 e 2021, respetivamente, segundo dados divulgados esta quarta-feira (11 de agosto de 2021) pelo INE. Segundo Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, os números mostram capacidade de criação de emprego, o que é “um sinal de vitalidade da economia”.

“A população empregada (4.810,5 mil pessoas) aumentou 2,8% (128,9 mil) por comparação com o trimestre anterior, 4,5% (208,9 mil) em relação ao homólogo e 0,8% (36,3 mil) relativamente ao segundo trimestre de 2019 (dois anos antes)”, conclui o instituto, adiantando que “a proporção da população empregada que trabalhou sempre ou quase sempre a partir de casa com recurso a tecnologias de informação e comunicação, isto é, em teletrabalho, foi de 14,9%, abrangendo 717,0 mil pessoas”. 

No que diz respeito à população desempregada, estimada em 345,7 mil pessoas, diminuiu 4,0% (14,4 mil) em relação ao trimestre anterior e aumentou 24,2% (67,3 mil) relativamente trimestre homólogo, o primeiro abrangido por uma declaração de estado de emergência.

Relativamente à taxa de desemprego, foi estimada em 6,7%, menos 0,4% que no trimestre anterior e mais 1% que no trimestre homólogo. Comparativamente com o segundo trimestre de 2019, marcado pelo início do aparecimento da pandemia da Covid-19 em Portugal, a taxa de desempego ainda está ligeiramente mais alta, visto que se encontrava na altura em 6,4%. 

Retoma do emprego ainda não chegou a todos

Entretanto, e segundo escreve o Público, a retoma mais rápida do emprego ainda não chegou a todos os segmentos da população e a todos os setores de atividade, sendo possível concluir que em alguns casos o número de empregos está ainda abaixo daquele que se verificava antes da crise.

É o caso do alojamento e da restauração, setores de atividade que sentiram fortemente o impacto da pandemia: no segundo trimestre deste ano, existiam no setor do turismo menos 72,9 mil empregos que em igual período de 2019.

Por tipo de contrato de trabalho, destaque para o facto de existem agora mais 158,7 mil empregos por conta de outrem com contrato sem termo, havendo menos 131 mil contratos com termo.

Há também menos empregos qualificados que há dois anos, escreve a publicação, salientando, apoiando-se nos dados do INE, que há menos 108 mil empregos para "trabalhadores de serviços pessoais, segurança e vendedores" e menos 103 mil empregos para "trabalhadores não qualificados".

Por escalões etários, é possível é concluir que as idades mais avançadas resistiram melhor à crise que os mais jovens. Nos segmentos entre os 16 e os 44 anos, o nível do emprego é agora ainda inferior ao período pré-crise enquanto o oposto acontece para os segmentos que vão dos 45 aos 89 anos.

Números mostram “vitalidade da economia”

Para Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, estes números mostram capacidade de criação de emprego, o que é “um sinal de vitalidade da economia”. Numa declaração enviada à comunicação social, o governante refere que as “novas empresas, empresas que crescem ou empresas que retomam a sua atividade são aquelas que contratam pessoas, porque sabem que vão ter clientes que podem necessitar dos seus serviços”.

“A população empregada em Portugal neste período é o máximo histórico e ultrapassou mesmo os valores do segundo trimestre de 2019”, salientou, citado pela Lusa, dando conta de que, “neste momento, há 4,810 milhões pessoas a trabalhar em Portugal”. “São mais 128 mil pessoas do que no trimestre anterior”, salientou, falando em números “impressionantes”.

*Com Lusa

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