Funcionários públicos devem sentir na pele os efeitos da escalada da inflação. Só na Bélgica os salários a devem acompanhar.
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Inflação congela aumento de salários da função pública
Expresso

O impacto da alta taxa de inflação faz-se sentir em todas as geografias, embora em alguns países mais que outros. Os funcionários públicos também vão sentir na pele os efeitos da escalada da inflação, com muitos governos de países europeus a cortarem nos salários dos trabalhadores dos Estado em 2023. Será assim em Portugal e em vários países europeus. Apenas na Bélgica, pelo menos para já, o cenário poderá ser diferente. 

Segundo o Expresso, que recolheu dados sobre as perspetivas de atualização salarial dos 19 países da Zona Euro para o próximo ano, entre os governos que fecharam as respetivas propostas, só um, o da Bélgica, se comprometeu com um aumento dos salários da função pública em linha com a inflação estimada, que é 10%.

No caso de Portugal, o Executivo já estará a por um travão nas expectativas, antevendo-se um aumento salarial em torno dos 2%. Um valor inferior aos 3,6% de inflação que a Comissão Europeia aponta para o país em 2023 – os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para que a taxa de inflação tenha aumentado para 9,3% em setembro, face aos 8,9% de agosto, atingindo o máximo desde outubro de 1992.

Partindo da estimativa de inflação do Governo – 7,4% este ano –, o aumento de 0,9% concedido aos funcionários públicos em janeiro (antes da escalada da inflação) traduzir-se-á na maior perda de poder de compra desde 2010: 6,5%. Considerando as estimativas para 2023, a não aplicação da regra da atualização em linha com a inflação, optando pelos 2% avançados por António Costa, conduzirá a uma perda acumulada de poder de compra na ordem dos 8% em dois anos, 2022 e 2023, escreve a publicação.

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