A Casa da Arquitectura, em Matosinhos, é a nova morada do acervo do conceituado arquiteto Eduardo Souto de Moura. No total, estão em causa 8.500 peças desenhadas em suportes físicos, fotografias, correspondências e documentos textuais desenvolvidos ao longo de 40 anos de trabalho. O Prémio Pritzker de Arquitetura de 2011 garante que não vai encerrar o seu escritório, nem cessar a sua atividade.
"É um dia especialmente feliz, porque é a consagração, a satisfação de ver reconhecido o meu trabalho, uma vida difícil que não só a minha, mas de todos os arquitetos", declarou Souto de Moura, na cerimónia de assinatura do contrato de depósito, que aconteceu esta semana e contou com a presença da ministra da Cultura, Graça Fonseca.
E deixou a promessa: "Vou cumprir uma nova fase para que, depois, possa depositar aqui mais projetos".
Obra do Pritzker da Arquitetura mostrada ao mundo
Sobre a escolha pela Casa da Arquitectura, o arquiteto citado pela Lusa explicou que em Portugal há "quatro ou cinco instituições" que recebem acervos, mas optou por esta seduzido pelo facto de "participar na criação das coisas" e não ser um "jazigo" de obras.
Classificando Eduardo Souto de Moura como uma referência para Portugal e de Portugal no mundo, o diretor executivo da Casa da Arquitectura, Nuno Sampaio garantiu que o trabalho do arquiteto será aberto ao mundo.
"A Casa da Arquitectura está a construir o seu 'edifício digital' que inclui o desenvolvimento uma plataforma de arquivo e consulta aberta que vai disponibilizar os acervos que se encontram connosco, tornando-os acessíveis a investigadores, estudiosos e interessados, estimulando o estudo das obras e dos seus arquitetos", acrescentou o responsável, também citado pela agência de notícias.
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