Em 2020, houve mais 1.700 mulheres empregadas na construção que em 2019. Mas número de trabalhadores total desceu 2,5%.
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Mulheres na construção
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A construção continua a bom ritmo em Portugal. E tem atraído cada vez mais mulheres para trabalhar: em 2020 houve mais 1.700 mulheres empregadas no setor da construção civil que em 2019. A evolução é positiva, mas ainda são uma minoria, correspondendo apenas a 7,2% do total da mão de obra.

A verdade é que dos 297.100 trabalhadores empregados na construção em 2020, apenas 21.500 são mulheres. E a sua maioria trabalha em direção de obra, higiene e segurança no trabalho e fiscalização, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pelo Jornal de Notícias.

O que os dados também mostram é que, embora o número de trabalhadoras tenha aumentado, o número total de pessoas empregadas no setor da construção diminuiu entre estes dois momentos: de 304,6 milhares em 2019 para 297,1 em 2020. Olhando para os últimos anos, verifica-se que o número de trabalhadores do setor da construção caiu a pique durante a crise financeira que assolou o país entre 2008 e 2014. O setor começou a recuperar lentamente a partir de 2015 e desde 2017 que mantam níveis de emprego mais ou menos estáveis.

Há falta de mão de obra na construção

Houve menos pessoas empregadas na construção em 2020 e, agora, a falta de mão de obra é mesmo considerado um problema no setor. Há falta de 70 mil trabalhadores no setor, apontou Manuel Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário (CPCI), numa entrevista ao Diário Imobiliário. Isto quer dizer que a construção precisa de cerca de pelo menos 367 mil trabalhadores para responder às necessidades do mercado.

É preciso criar novos mecanismos para atrair talentos – de homens e mulheres. Reis Campos defende é preciso haver “reorientação da formação profissional, para que esta possa dar resposta às necessidades do mercado, tirando partido dos centros de excelência do setor". E defende ainda que, “complementarmente, deve ser promovida a mobilidade transnacional da mão de obra, permitindo às empresas internacionalizadas uma gestão mais dinâmica e eficiente dos seus recursos humanos”, disse citado na publicação.

Falta de mão de obra na construção
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