
A subida dos custos de construção já se fazia sentir em Portugal e a guerra na Ucrânia agravou este cenário: o preço dos materiais disparou 10,1% em fevereiro, face ao ano passado, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este aumento brusco dos custos está a afetar as obras em curso, mas também a colocar entraves às obras futuras, dificultando a capacidade das construtoras apresentarem orçamentos para as empreitadas.
Segundo Manuel Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) “as construtoras têm dificuldade em saber quais são os preços que devem colocar porque o preço muda de um dia para o outro, e são preços insustentáveis”. O responsável disse ao Jornal de Negócios que em comparação com o final de 2020, o preço do aço e do alumínio, por exemplo, apresentou acréscimos acima dos 100%.
“As empresas não têm como fazer face aos aumentos nos contratos celebrados de obras que estão em curso, como ainda estão a viver um problema com as obras futuras, previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que estão agora a ser colocadas a concurso”, frisa o presidente da AICCOPN, que remeteu ao Governo um pacote medidas excecionais para fazer face à instabilidade e a esta situação inesperada, tal como noticiou o idealista/news.
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